sexta-feira, 24 de outubro de 2008

A "dança das cadeiras"

Por nos parecer muito interessante e digno de registo, reproduz-se parte do comunicado do Secretariado do Partido Socialista de Ourém:

"Xadrez em capítulos

Inadmissível, é o único adjectivo que nos ocorre para as movimentações político-partidárias do PSD, no que diz respeito à maioria camarária e empresas municipais. Movimentações à custa dos nossos impostos…
Primeiro-capítulo: Francisco Vieira, presidente da Sociedade de Reabilitação Urbana de Fátima, é, de véspera, avisado que está prestes a ser nomeado presidente do conselho de administração da AmbiOurém, decorrente da saída de Armando Neto para a Divinis. Pela indelicadeza do acto precipitado e ilegal, dado que o nomeado nunca poderia acumular os dois cargos, Vieira, tão-só não aceita, como apresenta o pedido de demissão da SRU de Fátima.
Neste enquadramento, o vereador João Moura aguenta, temporariamente, o controlo da AmbiOurém, até ser encontrado alguém que assuma o cargo. Eis que surge o jurista Humberto Antunes, presidente da Junta de Freguesia de Formigais. Todavia, sensatamente, ele avisa que terá de se aconselhar junto da Ordem dos Advogados, de forma a saber se poderia exercer a função. Sem esperar, a maioria camarária avança com a nomeação, também ela não aceite por existir, de facto, incompatibilidade legal.
Para a SRU, e em substituição de Francisco Vieira, é apontado Vítor Frazão. Por via das circunstâncias, também não aceita. Segue-se a hipótese de ser Luís Niza, arquitecto da autarquia. Todavia, ninguém está para perder dinheiro e caiu tudo por terra. O lugar devoluto acabaria por ser preenchido por outro arquitecto camarário, Nuno Nobre.
Segundo-capítulo: Nesta dança de cadeiras, Serrano Rodrigues sai da VerOurém, onde estava desde a sua fundação, há oito anos, o que veio obrigar a encontrar uma pessoa para presidir ao conselho de administração da empresa. Purificação Reis é a escolhida, tendo por isso deixado a direcção da Escola Profissional. A EPO, essa, ficou, teoricamente, entregue ao presidente da ACISO, Pedro Pereira, mas, na prática, funciona sob coordenação do bracarense Sérgio Fernandes.
Terceiro-capítulo: O vereador Humberto Piedade sai, indignado, da sessão da Assembleia Municipal, onde o presidente da Câmara, de forma deselegante, passou vários atestados, pouco abonatórios, aos representantes dos pais que intervieram no período aberto ao público.
Nesta sequência, Humberto Piedade, que exercia funções no conselho de administração da VerOurém, é convidado a sair da empresa, e da vereação, suspendendo o mandato por um ano e tendo, como contrapartida, garantido o cargo de presidente do conselho de administração da AmbiOurém. Face à proposta, admitiu reflectir.
Todavia, qual não foi o espanto quando se viu nomeado, sem ser ouvido e sem quaisquer explicações adicionais. Como na vida, especialmente, na vida autárquica, já deve ter engolido muitos “sapos vivos”, aceitou, deixando com isso aberta a porta a Armando Neto, que regressa à vereação da Câmara, com pelouros acrescidos, depois de ter afirmado exercer todos os cargos gratuitamente…
João Moura, por seu turno, também ele é convidado a transitar da administração da AmbiOurém para a da VerOurém. Pura e simplesmente, recusou. (...)"

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Ter-me-ei precipitado?

Quem tiver lido o que escrevi sobre o Notícias de Ourém (se acaso houve quem) e hoje tenha aberto o semanário poderá ter pensado "aquele fulano precipitou-se".
Eu próprio me pus a questão. O facto é que o texto estava escrito há algum tempo, como desabafo retido, e terá sido a não publicação oportuna de uma linha sobre o evento na ex-Som da Tinta que me levou a acrescentar-lhe uns parágrafos e a publicá-lo. Aqui. Neste blog quase-confessional.
Estou convicto que o publicaria (sem o acrescento, claro) mais cedo ou mais tarde, mesmo que o trabalho agora publicado, que aprecio e agradeço, tivesse saído (no tempo oportuno, insisto... e não me convence o argumento, que para mim próprio, invoquei de falta de espaço).
Termino como no outro "post", como amigo e assinante do Notícias de Ourém.

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Actualizando... (2)

Em tempo julgado oportuno (a 23 de Agosto) colocou-se aqui um "post", que foi actualizado por um outro, em 15 de Setembro.

Actualiza-se, de novo:
estamos em 6 de Outubro e, tal como a 15 de Setembro, a deliberação da Câmara Municipal, de 4 de Agosto, de "transferir para o clube Juventude Ouriense a verba de 16.520,00 euros", assim rectificando igual deliberação de 12 de Maio (em que tinham cometido um erro de soma) continua sem novas (o "clube" só teve conhecimento da deliberação por leitura da acta na "net") nem mandados (com inacessibilidades penosamente vencidas para se saber "qualquer coisinha", ou para se ter informação mais que necessária a uma gestão que se procura criteriosa), apesar de, a 17 de Setembro último, a direcção do Juventude Ouriense ter enviado um ofício ao Presidente da Câmara, informando-o da situação e solicitando providências, bem como relativas ao pagamento da 2ª parcela do subsídio relativo a 2007, não tendo recebido sequer a acusação de recepção.

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Porque deixei de escrever no Notícias de Ourém?!

Tenho alguns assuntos por esclarecer. Não que esteja em fase de “ajuste de contas” – de modo nenhum –, mas há mesmo uns assuntos que exigem de mim (e para mim) um esclarecimento.
Começo por este, até porque pessoas amigas (claro…) me têm perguntado porque deixei de escrever para o Notícias de Ourém, e tenho encolhido os ombros à laia de explicação.

Em duas (ou pouco mais) palavras:
- desde 1948, escrevo com regularidade para o N.O.;
- essa regularidade foi, nestas últimas décadas (quase) semanal, porque tal foi combinado com responsáveis do jornal;
- só falando de coisas acontecidas depois de 2006, quando fui sujeito a delicada intervenção cirúrgica a minha colaboração não sofreu hiato que justificasse que, do jornal, alguém se preocupasse com a ausência do colaborador e procurasse saber do seu estado de saúde;
- mais tarde, por ter estado duas ou três semanas sem enviar colaboração, senti que deveria mostrar estranheza por, de novo, isso ter sido indiferente à direcção e redacção do jornal;
- disse dessa estranheza no mail em que retomei o envio de colaboração, sem que tivesse havido qualquer reacção;
- passadas umas semanas, repeti - agora intencionalmente - a pausa e confirmei o que, sem a anterior chamada de atenção, poderia passar por distracção;
- interpretando haver desinteresse pelo colaborador e sua colaboração, resolvi suspender a colaboração;
- abri uma excepção em Maio deste ano, por ter então completado 60 anos de colaboração, facto para mim muito significativo, e mandei uma nota para o jornal, que foi publicada sem o menor destaque ou comentário, diria mesmo em “nota de pé de página” ou… como semelhante a “publicidade não paga”, o que, a somar ao resto, me magoou ;
- já em Setembro, ao editar um livro, fui levar um exemplar à direcção e redacção do jornal, e também aos serviços administrativos, e saiu notícia da edição, mas não tive o gosto de uma palavra de recepção, como outros, amigavelmente, a deram;
- para a apresentação do livro em Ourém, foi organizada uma “festa” para que, evidentemente, o N.O. foi convidado, em que esteve um elemento da redacção que fez fotos… e, tendo a “festa” corrido de forma muito satisfatória, não vi publicada uma linha ou uma foto no semanário nos dois números que se seguiram, que foram pródigos em noticiar outras iniciativas;
- com tudo o que me liga ao jornal, continuarei amigo, leitor, assinante - que quero ser (e muitos arranjei!) - como colaborador, tudo indicia que o meu interesse e gosto em o continuar a ser não tem reciprocidade.
Paciência!

Fica dito.