quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

As surpreendentes surpresas

A propósito dos úteis documentos que SFaria tem publicado em ocastelo, com muita (mas naturalmente não exaustiva) informação, publico a acta da reunião da AM de 15 de Julho de 2008, em que pode ver quem votou contra e porquê e quem votou a favor e por quê o que hoje se diz ser surpresa estar votado:
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03.01 – APRECIAÇÃO E VOTAÇÃO DA PROPOSTA DA CÂMARA MUNICIPAL RELATIVA À «CONSTITUIÇÃO DE UMA SOCIEDADE COMERCIAL ANÓNIMA DE DIREITO PRIVADO – CONCEPÇÃO, IMPLEMENTAÇÃO, DESENVOLVIMENTO, CONSTRUÇÃO, EXPLORAÇÃO, MANUTENÇÃO E CONSERVAÇÃO DE QUATRO EQUIPAMENTOS DE USO COLECTIVO E FIM PÚBLICO NO CONCELHO DE OURÉM», NOS TERMOS DA ALÍNEA I) E M), DO N.º2, DO ART.º53º, DA LEI N.º169/99, DE 18 DE SETEMBRO, COM AS ALTERAÇÕES INTRODUZIDAS PELA LEI N.º5-A/2002, DE 11 DE JANEIRO. --------------------
----------- Foi remetida, pelo município, através do ofício número onze mil novecentos e sessenta e nove, com data do dia nove do presente mês, cópia da deliberação camarária tomada em reunião celebrada no dia sete daquele mesmo mês, solicitando a este órgão deliberativo, nos termos legais acima citados, a apreciação e votação da proposta referida em epígrafe.
----------- Aquando da apreciação da matéria, em reunião camarária, o Senhor Presidente da Câmara apresentou uma proposta que foi remetida em suporte digital (CD) a este órgão deliberativo, a qual, de forma resumida, consta do seguinte: “No âmbito da necessidade de modernização e melhoria das infraestruturas do Município, com vista à promoção da qualidade de vida e bem-estar das populações, propõe a construção de equipamentos de uso colectivo e fim público com valências culturais e desportivas, com recurso à constituição de uma parceria público-privada, assente na selecção de parceiros privados que possibilitem a realização dos equipamentos em apreço, nomeadamente um pavilhão multiusos e um campo sintético com todas as infraestruturas inerentes, na Freguesia de Fátima e um pavilhão polivalente e um campo sintético na Freguesia de Nossa Senhora da Piedade.”
----------- Para melhor análise da matéria em debate, foi previamente endereçado um exemplar, em suporte digital, a todos os Representantes dos Grupos Municipais, com assento nesta Assembleia Municipal.
----------- No intuito de caracterizar, em breves traços, o modelo «PPP – Parceria Público Privada», esteve presente o Dr. Henrique Albuquerque que abordou de forma clara o fundamento do modelo referido, o qual está a ser implementado tanto em Portugal como em alguns países europeus.
----------- Finda a exposição, a Senhora Presidente da Assembleia Municipal, agradecendo a forma como foi abordada a temática, cedeu a palavra ao Senhor Presidente da Câmara que, de forma sucinta, reiterou o conteúdo da proposta em análise, ou seja: - para os terrenos da Câmara Municipal, sitos no Carregal, freguesia de Nossa Senhora da Piedade, com cerca de duzentos e cinquenta e sete mil metros quadrados, ambiciona-se a intervenção do privado na edificação de um campo sintético já que o que existe actualmente na Caridade, futuramente, será apensado ao Centro Escolar previsto para a zona; e um pavilhão polivalente dado que o actual situado junto da Escola Secundária deverá, futuramente, ser destinado à mesma; - para os terrenos do município, sitos junto ao Estádio Municipal de Fátima, freguesia de
Fátima, com cerca de cento e cinquenta e sete mil metros quadrados, diligencia-se no sentido de ser o parceiro privado a edificar um campo sintético de apoio ao estádio e bem assim um pavilhão multiusos. Sublinhou ainda que as referidas diligências estão a ser tomadas porque urge encontrar estratégias que viabilizem os citados equipamentos, tidos como prementes para o bem estar da população.
----------- Neste momento, ausentou-se o membro da Assembleia Municipal, senhor João Carlos Gameiro Rodrigues.
----------- Seguidamente, aberto o período de pedido de esclarecimentos, registaram-se as intervenções dos membros da Assembleia Municipal, senhores:
= SÉRGIO JOSÉ FERREIRA RIBEIRO, na qualidade de Representante do Grupo Municipal do Partido Comunista Português, apresentou o seguinte documento: “Senhora Presidente da Assembleia Municipal, Senhor Presidente da Câmara e senhores vereadores, Caros profissionais da comunicação social, Público presente (que ainda desta vez não teve o edital afixado em lugares de estilo…). Caros colegas,
Não é surpresa a realização desta sessão extraordinária.
O senhor Presidente da Câmara já a anunciara, embora tudo isto seja uma evidente correria para cumprir formalidades homologando decisões já tomadas, a exemplo de outras ocasiões embora por vezes não levadas à prática.
E que nos propõe o senhor Presidente da Câmara? Esperando que a senhora Presidente não conte como tempo de minha intervenção a leitura do ponto da ordem de trabalhos vou responder-me: Constituição de uma sociedade comercial anónima de direito privado para constituição, implementação, desenvolvimento, construção, exploração, manutenção e conservação de quatro equipamentos de uso colectivo e fim público no concelho de Ourém.
Para tanto, no ponto 6 da acta do executivo se requer esta assembleia municipal extraordinária, pois, ponto 5, a aprovação é necessária, para, ponto 4, isenção de taxas e licenças de operações de loteamento e de edificações futuras, ponto 3, transmissão onerosa de terrenos onde se implantarão equipamentos de fim público com isenção do IMT dado o interesse público subjacente ao que é visado por uma parceria lançada a partir, ponto 2, de procedimento précontratual, em formato de concurso público, de onde, ponto 1, resultará a participação do município numa sociedade anónima de direito privado a constituir.
Do ponto de vista puramente processual para se poder decidir não falta documentação, sob a forma de CD, embora com tempo muito escasso para estudo fundamentado. Apenas levantaria a dúvida, para a qual não descobri esclarecimento, sobre a que operações de loteamento e edificações a integrar na parceria, decerto já muito adiantadas, se referem os textos, quando o objecto está previamente circunscrito a quatro equipamentos, assim se vislumbrando o benefício a posteriori da sociedade para que se pede autorização com esse objecto bem delimitado.
Mas não vem de questões formais a razão e a raiz da posição e voto do PCP. Vem de uma questão de princípio. E política.
Julgo compreender perfeitamente as motivações do senhor Presidente da Câmara. Há que ultrapassar, para a realização destes seus projectos, procedimentos administrativo-creditícios que já nem empresas municipais conseguem comportar e vá de entrar pelo direito privado, com uma sociedade comercial anónima. No entanto, se não se põe em causa a utilidade de tais equipamentos, tudo o mais agride a nossa concepção de fim público e de uso colectivo. Por outro lado, há, ainda a questão prévia de ser feita tábua rasa da eventual articulação com cenários de verdadeiro mecenato, de que se conhece a predisposição e possível parceria com colectividades, e a proposta poderia ficar pela construção evidentemente com benefício para os tão-só construtores, havendo outras modalidades para tudo o resto. Mas passemos adiante.
Considero que a prossecução de fim público e uso colectivo através de uma sociedade comercial anónima de direito privado representa uma verdadeira demissão do sector público das suas mais nobres funções. Citaria – vejam lá quem!... – o professor Adriano Moreira que disse que vivemos numa verdadeira teologia do mercado. Não obstante, haverá quem não venda a alma ao negócio para conseguir quaisquer que sejam os objectivos.
Senhora Presidente, Rimbaud falou do pobre turista ingénuo que, indiferente aos horrores económicos, tremia à passagem de cavalgadas e hordas. Turista não sou, ingénuo já deixei de ser, em nada me é indiferente o horror económico, de que Viviane Forrester fez um título de um livro que é um libelo. Nós, eleitos pelos nossos concidadãos para defender o interesse público, não podemos aceitar que não haja critérios diferentes para o que é – e com toda a legitimidade! – o interesse privado e para o que é o interesse público.
Como perguntava Forrester: deixará de ser útil a vida do que não dá lucro aos lucros?
Como é evidente, e não obstante a compreensão para quem não encontra saídas senão no pragmatismo e para quem acha que deixou de haver almoços grátis, não aceito este caminho e votarei contra. Por princípio! E basta.”
= ANTÓNIO RIBEIRO GAMEIRO, na qualidade de Representante do Grupo Municipal do Partido Socialista, deu a sua anuência à intenção do município em solucionar alguns estrangulamentos a nível de equipamentos, no entanto, apresentou algumas dúvidas a fim de ficar melhor esclarecido:
- pretendeu saber qual o índice de construção e utilização do solo previstos, uma vez que não há qualquer referência nos documentos, em análise. No seu entender, seria fundamental que na proposta constasse o número de metros quadrados do solo a utilizar e quais os fins a que se destinam;
- tendo em conta o artigo trigésimo sexto, número um – critérios de análise das propostas – pretendeu saber porque razão na alínea c) «estrutura técnica da proposta», prevê-se sessenta por cento para as peças escritas e desenhadas e apenas vinte por cento para os planos de execução, o que, na sua opinião, deveria ser precisamente ao contrário;
- foi ainda da opinião de que deveria estipular-se a renda mensal a pagar pelo município, caso contrário correr-se-á o risco de serem apresentadas propostas com valores impraticáveis;
- atendendo à composição do júri, mencionado nos documentos, composto por elementos da Câmara Municipal, foi da opinião de que a referida constituição deveria ser mais ponderada, dada a complexidade e inovação do processo.
----------- Não se registando qualquer outro pedido de intervenção, o Senhor Presidente da Câmara prestou os seguintes esclarecimentos:
- no que concerne à primeira intervenção, disse: “Não vou tecer comentários dado tratar-se de uma questão de fundo, de princípios:”;
- relativamente ao índice de construção, sublinhou que nenhuma concessão está desobrigada de cumprir os instrumentos de gestão territorial, em vigor no concelho, os quais só poderão ser alterados mediante aprovação da Assembleia Municipal;
- quando à questão inerente ao artigo trigésimo sexto, salientou tratar-se de soluções
urbanísticas adequadas, pressupondo-se especialistas de urbanismo com comprovada
experiência;
- no que concerne à renda mensal, afirmou tratar-se de um factor de apreciação das propostas;
- no que respeita ao júri proposto, referiu que o mesmo possui todas as condições para recorrer a assessoria técnica externa especializada para o respectivo apoio. Salientou ainda a importância do júri ser constituído por elementos que conheçam as verdadeiras necessidades do concelho.
----------- Seguidamente, a Senhora Presidente da Assembleia Municipal submeteu, de imediato, a proposta, a votação do plenário, tendo a mesma sido aprovada, por maioria, com um voto contra do Partido Comunista Português.
----------- De seguida, apresentaram declaração de voto os membros da Assembleia Municipal, senhores:
= ANTÓNIO RIBEIRO GAMEIRO apresentou o seguinte documento: “O Grupo Parlamentar do PS vota favoravelmente a proposta da Câmara Municipal de Ourém, o Ponto 03.01. da Ordem de Trabalhos, relativa `a “constituição de uma sociedade comercial anónima de direito privado – concepção, implementação, desenvolvimento, construção, exploração, manutenção e conservação de quatro equipamentos de uso colectivo e fim público no concelho de Ourém”, uma vez que as obras propostas já são reivindicadas pelo PS há mais de 15 anos.
Na verdade, reivindicámos estas obras num tempo em que os Fundos Comunitários financiavam em 70% os pavilhões desportivos de Ourém e Fátima, bem como os campos sintéticos e o Centro de Congressos de Fátima.
Durante este tempo, a maioria no poder fez orelhas moucas e as populações, o turismo, o desporto e os desportistas da nossa terra é que sofreram na pele a insensibilidade aos nossos argumentos justos e adequados ao desenvolvimento do nosso concelho.
Hoje, a maioria não tem dinheiro e os Fundos da União Europeia já não apoiam estas obras tão necessárias. Por isso, a maioria decidiu construí-las por via do lançamento de um concurso em regime de Parcerias Público-Privadas, dando a privados os terrenos municipais para urbanizar em troca dos investimentos num Pavilhão Multiusos e num Campo Sintético em Fátima e num Pavilhão Polivalente num campo sintético em Ourém (Carregal).
Apesar do atraso e do modelo de financiamento proposto, os Deputados Municipais do PS dão o seu acordo, na defesa do desenvolvimento do nosso concelho, apesar de termos inúmeras duvidas sobre os aspectos relacionados com os índices de construção a aprovar e as garantias sobre o valor das rendas a suportar pelo município.”
= SÉRGIO JOSÉ FERREIRA RIBEIRO apresentou o seguinte documento: “Sobre as razões do voto negativo neste ponto elas estão explícitas na intervenção. Sublinho, no entanto, nesta declaração de voto, dois aspectos:
1. o senhor Presidente da Câmara mostrando respeito (e menosprezo…) pela nossa posição ignorou questões concretas como alternativas que estão colocadas na intervenção;
2. não posso deixar de considerar despropositada a “aula” sobre PPP a que fomos forçados e considerar que, a haver “exame”, “chumbaríamos” o eloquente “docente” até porque a apregoada modernidade não escondeu os apadrinhamento ultra-liberais de Tatcher e Reagan.”
----------- A acta foi, por unanimidade, aprovada, em minuta, nesta parte, para efeitos imediatos.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Estou no Rio de Janeiro

Em outros "blogs" que animo, já disse que estou no Rio. Não por jactância, mas porque gosto de contar coisas dos sítios onde vou.
Aqui, neste outro cantinho, e para que não haja confusões, também o venho dizer aos meus conterrâneos. E palavra de honra que não fiz escala em Milão... nem nunca fiz ou farei uma coisa daquelas. Nem ao Berlusconi, nem a outros seus confrades.
Agredido já fui e tenho sido, mas nunca agredi ninguém. O que não quer dizer que dê a outra face...

sábado, 5 de dezembro de 2009

Juntas e juntas, Grupos e grupos

Ora aqui está (et voilá!?) uma reflexão sobre que vale a pena reflectir.
Para meu gosto requintado, juntava-lhe uma pitada de um ingrediente chamado clientelismo q.b.polvilhado pelas dedinhos da pressão de quem detém o poder executivo camarário sobre os que foram eleitos para serem os fregueses-mor...

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

O art. 43º. 4. do Regimento da AM de Ourém:

(...)
43º. 4. A palavra é concedida aos Vereadores, nos períodos de "ANTES DA ORDEM DO DIA" e da "ORDEM DO DIA", para:
a) Intervir nas discussões, sem direito a voto, por solicitação do plenário, ou com a anuência do Presidente da Câmara ou de quem o represente;
b) Exercer, quando o invoquem, o direito de defesa da honra, desde que os motivos invocados sejam reconhecidos pela Mesa da Assembleia Municipal.

O direito ao suicídio

A resposta dada por Paulo Fonseca ao Jornal de Leiria, sobre a sua não autorização a que Vitor Frazão falasse, como vereador, na última Assembleia Municipal é, numa palavra, lamentável.
Se a intenção fosse a de fazer humor, seria de péssimo gosto e revelador do maior desrespeito por um adversário político e... colega de vereação. Mas não foi.
Tendo sido "a sério", dizer que não se deu a palavra a alguém para o defender da sua propensão para o suicídio verbal demonstra uma arrogância e uma desonestidade intelectual que coexistem muito mal com funcionamentos que se queiram com um mínimo de democracia.
E, consciente de todos os riscos de interpretação que corro, deixo duas observações:
- mais difícil que saber perder parece ser saber ganhar;
- esclareço que não recorri à alínea a) do ponto 4. do art. 43º do Regimento (como o teria feito relativamente a situações semelhantes em anteriores mandatos) por Vitor Frazão ter dado a indicação que falaria do público (o que não fez), além de que outros membros da assembleia estariam em melhores condições para usarem tal figura regimental.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

A Banda de Vila Nova de Ourém em Vigo

A propósito da recente deslocação do Chorus Auris (parabéns!), fui descobrir, no meio de papeis por aí espalhados, documentação sobre a deslocação da Banda de Vila Nova de Ourém a Vigo, em Agosto de 1963. Há 46 anos. Grande acontecimento!
Tanta cara conhecida e amiga!
Do progama fazia parte uma peça, "Pequena suite", do nosso maestro Ferreira da Silva.
Não fui a Vigo (em Agosto de 1963 estava no Ajube...), mas acho que o meu pai foi e guardou para mim esta bela recordação.

A transparência e os seus vários níveis de opacidade e de selectividade

Prezo muito a transparência. Ponto final.
E quando se fala tanto de transparência, como imagem de si próprio que se quer dar, fico incomodado por se assemelhar a um exercício de enganar os outros. Há que ficar de sobre-aviso.
Por exemplo ( e mau...), não me parece curial que, no Portal do Município de Ourém, onde se publicam as actas das sessões, quer da Assembleia Municipal, quer da Câmara Municipal, que os membros aprovam ou não, se publiquem também "notícias" sobre essas sessões. Acho mesmo... pouco transparente, e não me revejo no relato feito, em que referem posições que lá tomei, relato que, noutro lugar, toleraria, mas ali não. Como o farei saber, por outras vias!

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Ideias (?) bem escritas (?)

Postei, num outro blog de minha autoria e responsabilidade, o que aqui se pode ler. Surpreendeu-me (palavra...) que tal escrito tenha provocado esta reacção.
Se pela boca morre o peixe, se mais depressa se apanha um mentiroso que um coxo, pelo descuido se apanha uma paranoia.
Quem pretende ter ideias, e a pretensão de as escrever bem, descuidou-se.
Que têm os 7,88% (ah!, foi?) a ver com o repetido discurso do Doutor Vitor Constâncio de que os males da economia merecem sempre a mesma terapêutica: a da moderação salarial?
Disse-o o Doutor Constâncio quando era membro de governos de Vasco Gonçalves, redisse-o quando era secretário-geral do PS e candidato a 1º ministro contra Cavaco Silva, repete-o, exaustivamente, como Governador do Banco de Portugal, faraonicamente pago para dizer coisas destas na condição de guru, ainda que sempre desmentido pelas realidades.
Por muito que incomode quem tão pouco parece pensar e tão mal escreve, cá continuarei. Tendo ideias e escrevendo-as.
Não utópico... porque sabendo o que quer dizer utopia.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Anotação pessoal sobre derrama e IMI

Estive na reunião da CDU-Ourém que aprovou este comunicado. Sou, por isso, seu co-signatário e co-responsável. Não tenho uma palavra, ou uma vírgula de reserva (mesmo que alguma esteja mal colocada). Mas quero acrescentar duas observações da minha lavra:
a) a redução na derrama, tal como decidido propôr à AM, pouco estimulará a actividade económica, apenas ajudará (e pouco) quem tenha lucros porque sobre estes incide, não trará diminuição de receita minimamente significativa;
b) o aumento no IMI, tal como decidido propôr à AM, sobre que tombou um lençol de silêncio, irá penalizar todos os proprietários de imóveis urbanos, atingirá portanto os que compraram apartamentos para habitação, terá um efeito de acréscimo de receita municipal substancialmente superior à redução de derrama em apreciação.
Tenho contas feitas para lugar e tempo oportunos.
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«Comunicado sobre derrama e I.M.I. enviado à comunicação social pela CDU-Ourém:

Depois das eleições autárquicas de 11 de Outubro, e dos seus resultados, a CDU-Ourém fez o que lhe parecia curial. Sem cerimonial protocolar, saudou quem participou nas acções ligadas ao acto eleitoral, cumprimentou os vencedores, afirmou toda a sua disponibilidade para trabalhar com o novo elenco, com a única condição de ser respeitada como força política.
A CDU-Ourém tem acompanhado com o maior interesse os primeiros passos do novo executivo, e do Partido que apoia a maioria para ele alcançada, e considerando ser já tempo de tomar posição sobre os primeiros factos de que tem conhecimento pela comunicação social, reitera o que oportunamente afirmou, aquando da primeira sessão da Assembleia Municipal e eleição da respectiva mesa: “9. Espera-se (e deseja-se) que esta primeira reunião tenha servido de lição, pela boa prática que foi de direitos de eleitos, e de sinal para o futuro da possível intervenção de controlo e fiscalização da AM sobre a CM, órgão executivo em que o PS tem maioria absoluta mas não está de mãos livres, e terá de ter em conta, dado o equilíbrio e mobilidade no órgão deliberativo, não só o PSD mas toda a AM, sem exclusões!”.
Reconhecendo que o actual executivo tem como tarefa prioritária a de “arrumar a casa”, e que essa responsabilidade, tal como a assumiu, não é de modo algum fácil, ela também não pode ser exclusiva. Como o próprio executivo o corrobora.
Abordam-se, apenas e por agora, duas questões, uma que tem a ver com o papel da Assembleia Municipal, outra com a CDU como força política.
a. Apenas com o conhecimento que resulta da consulta à comunicação social, o executivo teria aprovado a descida da derrama de 1,50% para 1,40% e 1,25% e o aumento do IMI de 0,30% para 0,35%. A notícia é dada como se essa decisão tivesse entrado em vigor. Estranha-se que, quer o executivo, quer a comunicação social, se tenham “esquecido” que, para terem valimento tais decisões têm de passar pela Assembleia Municipal, onde, aliás, a maioria é do partido que, no executivo, votou contra com proposta alternativa de maior descida da derrama (para 1,3% e 1,0%) e de manutenção do IMI. Houve mudança em Ourém, e ela não se confina à passagem de 3 para 4 vereadores do PS e de 4 para 3 vereadores do PSD. Há que ter em conta a Assembleia Municipal e toda a sua composição!
b. Na tomada de posse, o senhor Presidente da Câmara reiterou a decisão da realização do Congresso de Ourém no próximo mês de Janeiro. E mais afirmou que, de acordo com os objectivos proclamados, fazia questão que a própria comissão organizadora fosse constituída por “pessoas dos quatro partidos com assento na AM”, não resistindo ao aviso redundante que “aqueles que preferirem ficar no apeadeiro a assobiar para o lado, também terão o seu espaço de liberdade para o fazer!”. Não é, evidentemente, o nosso caso, mas também importa dizer, com toda a clareza, que – em nome da CDU-Ourém – se recusa a co-responsabilidade pelo inevitável fracasso de um Congresso a realizar em Janeiro para que, a 19 de Novembro, ainda não se fez o trabalho mínimo que é o de constituir uma comissão responsável pelo evento. A tal propósito temos de lembrar o Congresso do 4º centenário do Conde de Ourém, que se realizou de 4 a 6 de Novembro de 2003, uma das raríssimas ocasiões em que, em Ourém, houve oportunidade de comprovar a disponibilidade para colaborar, sem reservas, em iniciativas tratadas com seriedade.

A Concelhia da CDU-Ourém
19 de Novembro dde 2009»

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Agora é grave e já não é "ping-pong"

Em sucessivas indirectas, neste ping-pong que não gosto nem quero jogar, o sr. A. Figueiredo está sempre a "mandar bocas", com apartes, a fazer comentários com endereço escondido mas com o rabinho bem de fora, a revelar como o incomoda que eu exista e mexa. Podia fazer uma antologia...
A cada coisa que digo ou escrevo, lá vem uma reacção, a mostrar quão insuportável lhe é haver gente que pensa como eu. Bem não quero ligar, bem não quero jogar esse "ping-pong". Mas às vezes tem de ser...
Desta vez, o sr. A.F. exagerou. Até me mandou fazer a mala... por exigência da comunidade.
E sublinho - para que fique bem claro - que, quando me referi ao muro de Berlim, de nenhum modo estava a responder, directa ou indirectamente, a coisas que o sr. A.F. tenha escrito sobre o tema. Falava da abordagem geral, do propriamente dito "pensamento único" e abusivamente mediatizado. O que, evidentemente, não era o caso da sua última mensagem em que, entremeada com incoerentes afirmações de admiração, pretende evidentemente desancar-me, até me metendo no rol das "pessoas de pensamento único", o que me pareceu de corrigir.
Afinal, não! Do que o sr. A.F. me queria etiquetar era de "pensamento estalinista", e com intuitos tão ofensivos que até hesitou. Passou-lhe a hesitação e vá de o vir dizer, sem a coragem suplementar de tornar claro que a mim se dirigia.
Basta, sr. A.F.. Passou-lhe a suavidade com que me quis tratar, e resolveu dar-me a machadada final com o epíteto que, para si!, corresponde ao pior que se pode chamar a uma pessoa que se pretende democrática. Recomendar-lhe-ia, no entanto e se valesse a pena, que lesse algumas coisas recentemente saídas sobre Estaline para que não sofresse tanto do "pensamento único" que o atola.
Por outro lado, nem perco tempo em refutar o que possa corresponder à intenção de insulto que está contida no que me quis chamar. Quem quer que seja com um mínimo de discernimento pode verificar se o que o sr. A.F. pretende com esse qualificativo, tal como usado, é ajustado ao que digo, escrevo, sou, como me comporto na vida.
Ah!, e quando me quiser escrever, ou de mim escrever, use o meu nome, se faz favor.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Não gosto, nem quero... mas lá terá que ser! Quem é o quê?

Começo de um artigo de Ignácio Ramonet, publicado no Le Monde Diplomatique, em Janeiro de 1995:


Pensamento único: a ameaça do novo dogmatismo

Aprisionados. Nas democracias actuais, cada vez mais cidadãos livres se sentem aprisionados, agrilhoados a por um tipo de doutrina envolvente que, sem se dar por isso, paralisa todos os espíritos críticos, inibindo-os, perturbando-os, embotando-os e que acaba por lhes suprimir o sentido crítico.
Depois da queda do muro de Berlim, da derrocada dos regimes comunistas e da desmoralização do socialismo, a arrogância, a soberba e a insolência deste novo "Evangelho" atingiu um tal nível que se pode, sem exagero, qualificar o novo furor ideológico como moderno dogmatismo.
O que é o pensamento único?
Tradução ideológica, e com pretensão a universalidade, das vantagens de um conjunto de forças económicas, em particular do capital internacional*. O pensamento único, como ideologia, começou a ser formulado e definido em 1944, por ocasião dos acordos de Bretton-Woods.
Os seus principais arautos foram e são as grandes instituições económicas e monetárias - Banco Mundial (BM), Fundo Monetário Internacional (FMI), Organização de Cooperação do Desenvolvimento Económico (OCDE), Acordo Geral sobre Tarifas Alfandegárias e Comércio (GATT), Comissão Europeia, etc. - que, através dos seus financiamentos, recrutam ao serviço das suas ideias, através de todo o mundo, inúmeros centros de pesquisas, universidades, fundações que, por sua vez, elaboram e divulgam os ensinamentos.
(...)
__________________________________________
* - Há também quem lhe chame ideologia da economia de mercado, até pelas suas origens (N. do T.)

domingo, 8 de novembro de 2009

Para que não haja dúvidas!

Conferência de Imprensa do Grupo Parlamentar do PCP,
com António Filipe (deputado eleito pelo distrito de Santarém)


PCP propõe criminalização do enriquecimento ilícito
Segunda, 02 Novembro 2009
O PCP tem vindo desde há muito a expressar a sua preocupação
com o fenómeno da corrupção
e a apresentar iniciativas legislativas e parlamentares visando o seu combate
e anunciou hoje a entrega de um Projecto de Lei,
que visa a criminalização do enriquecimento ilícito.


O PCP, tem vindo desde há muito a expressar a sua preocupação com o fenómeno da corrupção e a apresentar iniciativas legislativas e parlamentares visando o seu combate.
No início da XI Legislatura, o fenómeno da corrupção continua infelizmente na ordem do dia. As notícias sucedem-se sobre suspeitas de corrupção envolvendo personalidades bem conhecidas da vida empresarial e política e os processos arrastam-se sem conclusão, criando na opinião pública a convicção da impunidade do chamado “crime de colarinho branco”. Por outro lado, existe a convicção de que os meios existentes para a investigação deste tipo de criminalidade não são os mais adequados e que a Assembleia da República não tem feito o que poderia e deveria para reforçar os meios legais de combate à corrupção e à criminalidade económica e financeira.
Assim, o Grupo Parlamentar do PCP anunciou hoje a entrega de um Projecto de Lei, que visa a criminalização do enriquecimento ilícito. O PCP propõe que os cidadãos abrangidos pela obrigação de declaração de rendimentos e património prevista na Lei, que por si ou por interposta pessoa, estejam na posse de património e rendimentos anormalmente superiores aos indicados nas declarações anteriormente prestadas e não justifiquem, concretamente, como e quando vieram à sua posse ou não demonstrem satisfatoriamente a sua origem lícita, são punidos com pena de prisão até três anos e multa até 360 dias.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Faz pensar...

No meio das 32 páginas do avante!, encontrei esta pequena local que me deixou a pensar. O que é cá um hábito incurável meu...

Pluralidade democrática no Seixal
No discurso de tomada de posse como presidente da Câmara do Seixal, Alfredo Monteiro garantiu "nunca ter confundido as continuadas maiorias absolutas com poder absoluto". "Apesar das diversas e frustradas tentativas de acusar este orgão [Câmara Municipal] de monolitismo, sempre foi do nosso entendimento político [CDU] a participação plural dos executivos municipais e irei, neste mandato, novamente atribuir pelouros a todos os eleitos da Câmara", garantiu, assumindo, para os próximos quatro anos, um mandato de "permanente trabalho de serviço público à comunidade".
Alfredo Monteiro defendeu ainda que o poder local democrático é "espaço de diálogo, participação, cooperação e construção permanente do desenvovimento sustentado do município, onde têm lugar todos os que estejam empenhados em dar vida aos desígnios municipais e corpo aos legítimos interesses das nossas populações".

Ah é?! A bem da economia portuguesa, os portugueses não devem aumentar os salários?

O nosso amigo e conterrâneo de o ourém publicou um "post" de que se recomenda a leitura aqui. E isto não é conversa entre economistas, da mesma terra e da mesma escola, do ISEG. Se assim fosse, Silva Lopes teria uma insofismável derrota.
E à pergunta do título, segue-se uma outra: e os bancos e os grupos transnacionais que por cá andam ou passam - de passagem - devem aumentar os lucros... a bem da economia portuguesa?... como aliás vêm fazendo sempre... para mal da economia dos portugueses!
O colega e conterrâneo Silva Lopes é pessoa que, ao longo da vida, me tem merecido toda a simpatia, mas está a descarrilar. Na minha opinião, como é óbvio.
Para não entrar em tipo de campanhas que rejeito, poupei-o a transcrever, recentemente, comentários que a seu respeito me chegaram, sobre a sua escolha para administrador de uma empresa pública (ou para-pública), aos 77 anos, com decerto chorudo salário para somar às suas diversas e avultadas reformas, mas - agora! - pergunto se não é provocatório dizer o que diz quando disfruta dos réditos mensais que lhe entram em casa todos os meses?
Quererá ele viver aí um anito com o salário mínimo... para benefício da economia portuguesa, por via da exportação das energias renováveis que lhe pagam um saláriozito mais para arredondar o orçamento?
Haja decoro!

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Por um concelho-"ponte"

Em ocastelo, Sérgio Faria coloca um oportuníssimo "post", de que se recomenda a leitura aqui .
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Entretanto, também parece oportuno lembrar muitas intervenções que, ao longo de décadas e a título individual ou em situações de campanha eleitoral, tenho feito, como na mais recente em que, numa brochura com textos de apoio da candidatura CDU por Ourém, escrevi, sobre este tema que considero da maior importância, diria infraestrutural, para o concelho de Ourém:
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Se na divisão administrativa-económica do País há concelhos, realidade autárquica ancestral, que sofrem com o desnorte verdadeiramente suicidário do ordenamento do nosso território, Ourém é um deles. E, decerto, dos mais prejudicados por esse desnorte.
Os distritos são divisão administrativa obsoleta há mais de 4 décadas. Têm vindo a ser esvaziados de sentido e de intervenção na vida real apenas usados para efeitos políticos, para servir clientelas partidárias, para preencher (mal) vazios de ordenamento numa dinâmica de ir mudando, governo alternando com governo, para que tudo fique na mesma, na base de… distritos.
Ourém é exemplar. E deveria ser exemplo e estímulo para outra dinâmica, que servisse o País, as populações. Entre os distritos de Santarém, a que pertence, e o de Leiria, a que poderia (e tantos dizem deveria) pertencer, é ignorado por aquele (embora os partidos ditos do poder cobicem as suas dezenas de milhar de eleitores e tudo condicionem à “caça ao voto”), e não beneficia do seu distrito natural (se o é…) sendo, por vezes e quando convém, tratado como se dele fosse.
Nesta situação de “entre duas cadeiras”, que se prolonga há décadas, o poder local, na ausência de um escalão intermédio região, tem usado de um oportunismo bacoco e espertalhaço, sem quaisquer vantagens. Antes pelo contrário.
Já se conheceu o concelho de Ourém como da Estremadura, da Beira Litoral, do Centro, do Ribatejo (por via do distrito e de concelhos limítrofes), já pertenceu a mais que uma associação de municípios (até, pasme-se…, simultaneamente), a áreas metropolitanas que ficaram “no tinteiro” e, agora, parece que é de uma coisa chamada Médio Tejo.
Há que tomar uma posição séria e firme, que faça com que este concelho, formal e administrativa-economicamente, passe a ser, enquanto espaço de transição, um concelho-“ponte”, como, apesar de tudo, o vai conseguindo ser.
Há que ser claro nesta posição, de que decorre a necessidade duma instância regional que una em vez de dividir e, nela, Ourém seja elo de ligação.

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

No dia de hoje - pensamentos

Fazer da actividade política

  • uma carreira pessoal
  • uma profissão igual a qualquer outra
  • um entretenimento ou uma modalidade desportiva
  • a adopção cega de uma cor, de um símbolo
  • um jogo de palavras
  • um exercício de demagogia
  • um espectáculo em palco de vaidades
  • um combate a dois (ou mais) num rinque
  • uma luta numa arena
  • um modo de se servir
  • um estar ao serviço dos poderosos

é perverter uma das mais belas actividades humanas, porque é a de estar ao serviço da organização da sociedade e do con-viver. Com os outros.

anónimo do século xxi

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Ping-pong virtual? Não gosto, nem quero!

Em tempos, gostava de jogar ping-pong. Nunca fui grande jogador, mas ainda assim ajudei a ganhar uns troféuzitos para a Casa de Ourém, com os saudosos Manuel Soares e Mariano Pedro. E lembrei-me, agora mesmo, que a despedida do "sr. José", o José Caetano de Sousa, do Alqueidão, que está lá para o Brasil e recentemente nos fez uma visita de saudade, foi no Jardim Cinema e com uma partida de ping-pong.
(Ah!, como esta memória está fresca... não é para me gabar!)
Mas não gosto, não gosto mesmo nada, de jogar pinng-pong sem mesa, sem bola, sem raquetes, aparentemente sem competidor, embora haja quem esteja sempre a querer "bolar" comigo em àpartes ou entre parenteses.
Por outro lado, também não quero que digam que enfio carapuças, mas há uma coisa que posso garantir e quero afirmar bem clarinho:
é que não tenho qualquer responsabilidade na eventual dopagem do Nuno Ribeiro, o putativo vencedor da Volta a Portugal em bicicleta, ciclista que, apesar de ter o meu apelido, não é da minha família. Se for preciso, vou ao notário para que se comprove a veracidade da minha assinatura.

domingo, 25 de outubro de 2009

Vale a pena!


A exposição de fotos da Guiné-Bissau, de Pedro Gonçalves, na Galeria Municipal de Ourém, vale a pena ser visitada. Pela segunda vez já fui, e lá voltarei, levando amigos se tiver oportunidade.

É verdade que o Pedro não tem jeito nem vocação (defeito ou qualidade?) para ser "relações públicas de si próprio"... mas há que ver o que o seu olhar trouxe da primeira visita que fizeram (a Mónica e ele) a África. É um olhar curioso, interessado, comprometido, cúmplice.

Não deixem de ver!

sábado, 24 de outubro de 2009

Vale a pena ouvir!

Por razões muito fortes - entre outras a de ter ido a Leiria, à Livraria Arquivo, dizer umas palavras sobre o escritor Luandino Vieira, o que muito me gratificou -, não ouvi a conversa entre José Poças e Sérgio Faria na ABC. Mas ouvi um extracto no espaço on-line do Ourém e o seu Concelho e, finalmente, ouvi dizer coisas, com todas as quais não concordo, muito sérias, interessantes, úteis (em dois "posts" seguidos utilizo estes adjectivos...).
Vou pedir ao Rui Melo para ouvir o debate na íntegra.
Tem todo o significado a escassa importância que parece ter sido dada a esta conversa. Oxalá me engane, e haja mais quem esteja a ouvi-lo como "trabalho para casa".

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Muito interessante

... e útil, esta informação de Sérgio Faria aqui.

sábado, 17 de outubro de 2009

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

2ª feira, 12 de Outubro

Dizer que aconteceu o esperado é estultícia. Aconteceu um dos cenários mais previsíveis, diria mesmo o mais previsível face às campanhas, ao ambiente criado.
Na verdade, Ourém mudou. Politicamente. Mas a mudança mais importante, ou que mais importante pode ser é, no plano institucional, a votação ter trocado de maioria no executivo mantendo a maioria na Assembleia Municipal. O que era uma situação de dominância absoluta unicolor numa paleta que se pretendia bicolor passou a comportar cambiantes que podem ser curiosas. Democraticamente. Como eleito que fui, por ser cabeça de lista da CDU à AM, reafirmo o que sempre afirmei: a disponibilidade para discutir estratégias e políticas, seja com quem for, desde que respeitem o que defendo, e me respeitem. É a única condição.
É certo que é um mau princípio o de apenas se respeitar o que defendemos e o que somos quando e se de nós precisam - e não será, ainda, o caso, embora, longinquamente, o possa vir a ser -, mas é a oportunidade, como todas o são, de reafirmar que esse mau princípio nunca inibirá a disponibilidade para discutir estratégias e políticas. Sempre com a intenção de contribuir para o que, a nosso juizo, é melhor para um viver melhor dos oureenses.

sábado, 10 de outubro de 2009

Aqui...sempre em tempo, apesar de passar da meia-noite!

Às 23.59 de 09.10.2009, em o castelo vai nu, SF, o habitual comentador político das coisas oureenses, o vizinho melhor preparado que ninguém para o fazer, pela sua formação, sentido de observação, acompanhamento próximo de tudo o que se passa no funcionamento das instituições (releve-se a presença e notas sobre as reuniões da AM) botou post. Talvez à laia de fecho de campanha. Publicado no minuto que antecede o fecho da oportunidade de alguém ripostar, sob pena de lhe cair em cima o anátema de estar a "fazer campanha" depois das 00.00 de 10.10. Em que já estamos. O que não me incomoda, porque já não estou em campanha para as autárquicas, estando sempre em campanha.

Não gostei da "habilidade" ou "esperteza". SF poderia ter escrito o que escreveu há um ano, há um mês, há uma semana. Escreveu-o às 23.59 de 09.10.2009! Como quem diz a última palavra. Não aceito. Nunca aceitei que me dissessem a última palavra, nunca a quis dizer, e procuro sempre fazer o primeiro gesto. Por isso, não achei... bonito.

Com a sua reconhecida capacidade e inteligência, SF vem decretar que, de cinco hipóteses que, pretensamente, esgotariam as alternativas do eleitor perante a urna "apenas uma garante mudança política por via eleitoral". No pressuposto, insistentemente inoculado por uma campanha para tal orientada, que há uma candidatura da "situação" e que há candidaturas de "mudança".

Uma candidatura de "situação" porquê? Porque é do Partido que, como também insistentemente se veio instilando como consensual, está há 30 anos no poder autárquico local. E essa candidatura foi bastante frouxa nos esforços para mostrar o que queria mostrar: que sendo do mesmo Partido há tanto tempo maioritário, era, também uma candidatura que queria "mudança".

Candidaturas de "mudança" porquê? Porque candidaturas de outros partido que não o que tem estado há 30 anos no poder, desvalorizando-se até ao irrisório que alguns desses partidos, de uma ou de outra forma, com pequeno ou muito pequeno grau, também têm responsabilidades na "situação" de que se distanciam como sendo a ela completamente alheios; porque de mudança de personagens a interpretar políticas que até podem vir a ser iguais ou idènticas uma vez que não se discutiu políticas e, até porque, aos vários níveis do poder político em que têm alternado, difícil é encontrar diferenças entre as políticas de alguns desses partido. Isto é, mudanças que poderiam ser de caras e ilusórias.

Trata-se de ilusionismo e de funambolismo políticos, com ares de objectividade e neutralidade. Ainda com insistência na postura insustentável de que "não se tomou partido".

Apenas contraponho um outro exercício

Cenários pós-eleições:

1) Na Câmara - 4PSD-3PS, logo tudo aparentemente na mesma, mas dependendo de
.....1.1) distribuição ou não de pelouros pela "oposição"
.....1.2) composição da Assembleia Municipal
2) Na Câmara - 4PS-3PSD, logo, efectiva mudança na composição do elenco, com troca de maioria absoluta, e mudança efectiva desde que
.....2.1) a nova maioria correspondam novas políticas e diferente funcionamento do executivo
.....2.2) composição da Assembleia Municipal
3) Na Câmara - 3PSD (ou 3PS)-3PS (ou 3PSD)-1CDS-PP, logo, efectiva mudança na composição do elenco camarário, com mudança efectiva no funcionamento, por inexistência de maioria absoluta e natural tendência para um deslizar das políticas e do funcionamento para as posições do CDS-PP
.....3.1) a situação condicionada, ainda, pela composição da Assembleia Municipal
4) Na Câmara - 3PSD (ou 3PS)-3PSD (ou 3PS)-1CDU, logo, efectiva mudança na composição do elenco camarário, com mudança efectiva no funcionamento, por inexistência de maioria absoluta e natural tendância para um deslizar das políticas e do funcionamento para as posições da CDU.
.....4.1) situação condicionada, ainda, pela composição da Assembleia Municipal
5), 6), 7),..., vários cenários a partir da composição do elenco camarário, todos eles a cruzar e a articular com vários cenários na composição da Assembleia Municipal, de que deixo, apenas , um exemplo a que não se pode negar viabilidade.
2) Na Câmara 4PS-3PSD e ... (o acima escrito, em resumo: maioria absoluta do PS)
.....2.1.) Na AM, por via também dos presidentes de junta, maioria do PSD, ou com voto decisivo para a criação de maiorias do CDS-PP e/ou da CDU.

E por aqui me fico, pois apenas quero ilustrar a perspectiva claramente redutora de SF, que não pode esconder uma opção pessoal por debaixo da capa de uma pretensa objectividade. E que, com toda a evidência, afunila e condiciona o voto na perspectiva do "voto útil" (que nem o é, mesmo na redutora análise!), que desvaloriza a democracia e em nada credibiliza a política, fomentando todos os "jogos de clientelas".




sábado, 3 de outubro de 2009

Juventude Ouriense

Hoje, às 18 horas, 1º jogo oficial da época 2009-2010, contra o Vasco da Gama, de Sines.
Bom começo!

Que presente no desporto oureense?

Cometi a imprudência de, antes de me deitar, ler o NO, e em particular as duas páginas dedicadas ao futuro do desporto para Ourém. Não resisto a um breve comentário, roubando tempo ao escasso tempo para dormir.
Não faço este comentário como candidato da CDU porque o prof. João Filipe respondeu ao questionário, em nome da coligação por que somos candidatos, e concordo inteiramente com as suas respostas. Faço-o a título estritamente pessoal. E só assim o faria, como sempre se pautou a minha intervenção cidadã enquanto fui presidente da direcção do Juventude Ouriense, sempre "separando as águas".
Ler o que os candidatos do PSD e do PS dizem faz-me sentir num mundo de ficção, para não dizer de mentira. Durante quatro anos fui presidente do JO, já tendo sido antes do Conselho Fiscal, a que voltei, com a satisfação de ter deixado a direcção muito bem entregue. Nesses quatro anos, tive a grande alegria de, com os praticantes e os meus companheiros de direcção, termos conseguido alguns feitos notáveis, quer na formação quer na competição, com notoriedade particular para duas épocas na 1ª Divisão Nacional de hóquei em patins (mas outros feitos, na patinagem, na natação, no futsal, nas camadas de formação de nenhum modo desmerecem essa inesquecível e digna presença oureenseno mais alto escalão do desporto nacional)
Mas a experiência foi muito dura. Da parte da Câmara-PSD, por vezes senti, mais que falta de apoio, hostilidade personificada no Presidente da Câmara, David Catarino, da parte do Governador Civil-PS houve, primeiro, o acabar com um subsídio que o clube recebia do anterior Governador Civil, e o adiantar de promessas que nunca se cumpriram, foi, depois, a falta de resposta a ofícios e convites, a aparente ignorância da existência da colectividade. Com a agravante do candidato do PS, que era o Governador Civil, vir agora atacar a Câmara, servindo-se do Juventude Ouriense como exemplo de falta de apoio desta ao desporto oureense. Não qualifico a postura.
Pior ainda foi, entre os dois mandatos, uma clara e lamentável tentativa de partidarizar a direcção da colectividade, o que então se evitou, tendo-se criado as condições para a solução de sucessão encontrada, em que o JO continua a ser, como foi durante os dois mandatos em que estive à frente da direcção, absolutamente despartidarizado.
E é quase chocante confrontar essa experiência, essas vivências, com afirmações para o futuro como se o passado e o presente não tivessem existido e com aqueles protagonistas. O candidato à sucessão na Câmara ignorando o que foi o calvário do JO face ao executivo que integrava (não obstante esforços baldados que fez para não fosse pior ainda), o candidato "à mudança" fazendo-se esquecido do seu comportamento relativamente ao JO enquanto Governador Civil (apesar de justas as referências feitas como exemplares).
Haja comedimento!
Resta esperar, quanto ao futuro, e desse deveriam ter falado sem deturpar ou apagar o passado, que estar a direcção do JO liberta de quem poderia ter sido o causador da animosidade incontestável pas forças que representam, como candidatos, participem em executivos que tenham outro comportamento.
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a tempo: antecipo, para encerrar e não "dar corda" ao que eventualmente possa aí vir, que o requentado argumento-acusação de que "sou queixinhas" não me inibe, porque o que faço é não me calar quando tenho o facto, a realidade, a darem-me força para denunciar o que entendo dever fazer, esteja eu implicado ou não.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Sobre programas e estratégias

Como cidadão oureense, e economista que foi aluno e professor na mesma escola que Augusto Mateus e Silva Lopes, não ia faltar a uma sessão em que os intervenientes anunciados eram esses colegas (que gostaria de ter cumprimentado, mas não houve oportunidade fora do contexto propaganda eleitoral), e o motivo da sessão era uma proposta de programa estratégico para Ourém.
Não vou comentar - agora e aqui - o que foi aquela sessão. Venho apenas dizer que me parece significativo que, hoje, 4ª feira após o sábado da sessão, no blog da campanha Paulo Fonseca (e PS, presumo...), ainda se anuncia a sessão que já foi e nada venha sobre o que foi resumidamente apresemtado, e anunciado foi que 2ª feira estaria on-line. Programa eleitoral? Em construção!
De passagem se diga que melhor não estão as coisas na campanha Vitor Frazão (e PSD suponho...) onde, on-line, não há espaço para questões globais, programáticas e estratégicas.
_____________________
em tempo: já lá está no blog o anunciado, embora não como programa eleitoral. Irei ler e estudar, como é devido

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Mas eu tenho tomado os medicamentos todos...

Estou perturbado. É, decerto, da minha provecta idade.
Será já o sacana do alemão (ou será austríaco?... como é que ele se chama?, o Alqualquer coisas?) ou será um ataque do primo do germano-austro-húngaro, do inglês (como é que chama o amaricano?... Parkímetro ou coisa assim, não é?).
É que vejam lá que não me apercebi quanto Portugal se modernizou sob a governação do eng. Pinto de Sousa, nem que o País resultante dessa governação desse dito cujo é um País diferente, que dá esperança aos empresários e confiança aos cidadãos.
Como é que isto me passou?
Mas eu tenho tomado os medicamentos todos e ido aos tratamentos... Vou já marcar uma consulta no médico de família... Mas, espera aí..., a médica que era o meu médico de família reformou-se, foi depois contratada para ser outra vez médico, mas já não de família, e já deixou de o ser. Ou estou a fazer confusão? Isso foi na educação, com os professores, mas esses são uns ingratos, alguns até bebedolas... ou bebedolas é o da madeira serrada para caixas? Mas este parece-me que é de outra anedota...
'Tou tramado! Estou a baralhar tudo...
Desisto.
Desisto. Até porque foi tudo dito: Portugal modernizou-se à brava, o País dá toda a confiança a toda a gente, tudo graças ao senhor arquitecto (... ou é engenheiro?) É engenheiro? Lá estou a baralhar... se calhar não é...
Adeus.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Porque me apeteceu (agora, e mais vezes me apetecerá):

1 de Maio de 1974,
quase directamente de Caxias...

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Inqualificável

Acabo de ler, em O Castelo, um texto absolutamento inqualificável de um sr. Pedro Figueiredo. Há um mínimo de bom senso e de bom gosto que se deveria impor para evitar estes excessos de baixeza e de falta de respeito pelos outros, até por aqueles que poderão, também, ter alguns claros défices de bom senso, de bom gosto, de equilíbrio. Um verdadeiro salto na escalada de agressão ao civismo, à convivência democrática.
Ao nível de Alberto João Jardim, mas este ainda tem a desculpa das "ponchas", enquanto nem o nosso palhete, nem o fraco manejo da língua em que se expressa o autor da diatribe, podem servir para sequer atenuar a inqualificável prosa!
Um blog do nosso concelho - o suplemento de alma - publicou um artigo de quem se presume seja um novo colaborador, o dr. Proença de Carvalho, uma vez que não é citada a fonte... coisa que não pareceria aceitável, acaso fosse de outra origem e não original.
Nesse artigo, o distinto causídico (é assim que se diz não é?), tem este parágrafo:
«Quando Sá Carneiro foi cobardemente vilipendiado pelo jornal "Diário", do Partido Comunista, não me recordo de o Partido Socialista ou o CDS terem alinhado, por acção ou omissão, nessa campanha, nem vi alguém acusá-lo de por em causa a liberdade de imprensa quando perseguiu criminalmente nos tribunais os responsáveis pela calúnia.»
Tanto quanto me lembro - e até me acusam de ter "memória de elefante" - há ali confusão do Dr. Proença. O dr. Sá Carneiro não foi "cobardemente vilipendiado", foi sim acusado de dever à banca uma importante maquia relativa a um empréstimo pedido antes do 25 de Abril, para jogar na Bolsa, importância que, depois, com o evoluir dos acontecimentos, não se teria visto em condições de pagar. Mais, se alguém vilipendiou o dr. Sá Carneiro foi quem o atacou cobardemente, a pretexto da sua vida pessoal, que só a ele e a quem com ele estava pessoalmente relacionado respeitava. E quem o fez não foi ninguém do Partido Comunista, que considera tais procedimentos condenáveis e não alinhou nessa campanha indecente contra o dr. Sá Carneiro.
Tipo de campanhas que, aliás, continua a servir de exemplo para actuais campanhas, em que a ética e o respeito pelo que é vida pessoal de outros não são praticados, e até são aparentemente esquecidos.
Como é evidente, e dispensável deveria ser dizê-lo, este comentário nada tem de pessoal e é estritamente político. E apenas se coloca para registo.

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Dia de "sorteios"

Num dia de "sorteios"... e sem me sair nada!
.
De manhã, no Tribunal de Ourém, autárquicas. Além do que já disse, em breve nota, acrescento o que quero relevar na presença e intervenção CDU.
Listas à Assembleia Municipal, à Câmara Municipal, às Assembleias de Freguesia de Alburitel, Atouguia, Caxarias, Feixianda, Misericórdias, Piedade, Ribeira do Fárrio, Seiça e Urqueira; 116 candidatos para 154 lugares (incluindo suplentes); 51 candidatAS (44%); 59 membros do PCP, 54 independentes (47%), 3 PEV; 3 candidatos com menos de 20 anos, 16 entre os 20 e os 29 anos e 26 entre os 30 e os 39 anos (39% com menos de 40 anos).
.
Cansaço, satisfação (podia ser melhor...), confiança.
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À tarde, no Tribunal de Santarém, legislativas. Como mandatário distrital. 15 listas de movimentos e partidos! Não me perguntem nomes. Desde os de sempre (da democracia em Portugal, desta nossa, em que um já existia antes cá e aqui lutando pela democracia...) a algumas "novidades" e efemeridades. Uma ou outra com meios de que gostaria de conhecer a proveniência e que vêm, por exemplo, mandar a "velha política" e os "políticos velhos" para a Conchinchina. Que paciência que é preciso... Acho (acho eu...) que nem graça têm.
De qualquer modo, acho (acho eu...) que não é assim que se renova a democracia. Que tanto precisa de mudar!
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Calor, cansado de burocracia, tarefa cumprida, consciência tranquila, confiança.

Breve nota pessoal sobre um acto formal mas significativo

Acabo de regressar do Tribunal, do sorteio das listas às autárquicas 2009, em que acompanhei a mandatária da CDU por Ourém, Margarida Poeta, num entendimento do significado deste acto formal numa campanha eleitoral. Entendimento que não é, ao que parece, de outros, porque terei sido o único candidato não mandatário a estar presente. Ainda pensei que o nº 2 da lista para a Câmara pelo PS estaria lá nessa qualidade, mas não. Estava como mandatário de uma lista de independentes à Assembleia de Freguesia da Fátima. Será legal mas é, decerto, muito discutível, pelo menos no plano político. Que tem a sua ética.
Concorrem 9 listas, 5 de partidos e coligações (nenhum partido ou coligação a todos os orgãos, pois o PSD não concorre à Ribeira do Fárrio, e o PS às de Fátima, Freixianda e Ribeira do Fárrio, a CDU concorre a 9 freguesias e o CDS-PP a 5) e quatro movimentos às freguesias de Fátima, Freixianda, Olival e Ribeiro do Fárrio.
Em resultado do sorteio, a CDU será a 1ª em todos os boletins de voto em que concorre - AM, CM, Alburitel, Atouguia, Caxarias, Freixianda, Misericórdias, Piedade, Ribeira do Fárrio, Seiça, Urqueira.

domingo, 16 de agosto de 2009

Credibilizar a política, dignificar a democracia

Amanhã, a Coordenadora de Ourém da CDU entregará as listas com que vai concorrer às eleições autárquicas de 2009. Assim se conclui uma fase de um processo que terminará a 11 de Outubro.
Por Ourém, por aqui, nunca escondi a filiação partidária – também nunca quis fazer dela alarde ou ostentação -, como por outros lados e tempos sempre procurei assumi-la com naturalidade. E responsabilidade.
É com essas naturalidade e responsabilidade que me congratulo com o facto de ter sido conseguido terminar o longo e duro trabalho que foi a elaboração dessas listas, com o reconhecimento grato por quem o tornou possível, aos que aceitaram fazer parte das listas e – permitam-me todos – muito especialmente a quem, com enorme dedicação e militância, se incumbiu, e cumpriu!, as laboriosas formalidades administrativo-burocráticas.
Neste ponto do processo, quero sublinhar o significado de haver, por aqui, por Ourém, listas da coligação PCP, PEVerdes, ID e independentes (muitos, muitos) impedindo que o confronto eleitoral se resuma a uma disputa entre duas forças partidárias em aguerrida competição. Gastando meios verdadeiramente exorbitantes, sem medida nem equidade.
Quero também, por minha conta e risco – e enquanto é tempo… –, deixar breve comentário genérico a acontecimentos que, neste período de elaboração das listas, tiveram muita relevância pública.
Qual competição futebolística houve transferências de pêso (ver-se-á com que resultados), algumas a roçarem o escândalo. Não querendo comentar o que se passa em casa(s) alheia(s) sublinho que, no nosso caso, só contactei quem vai ser nosso cabeça de lista à Câmara quando me apercebi que ele estava disponível e considerar que seria uma grande perda não se ter a participar na vida cívica com expressão eleitoral um homem como o Prof. João Filipe Oliveira. E conversámos sobre política e projectos. Assim começou uma candidatura da maior credibilidade.
Pode afirmar-se que a apresentação das listas da CDU tem, também, uma preocupação e um compromisso: dignificar o debate eleitoral, recusar que ele seja sobre “casos”, sobre pessoas que divergem para que se esqueçam políticas em que sempre têm convergido, dizer – muito claramente, e mais uma vez! – que há alternativas para as políticas que nos trouxeram à situação em que estamos, quer a nível central quer a nível local.
A partir de amanhã, vou dar maior atenção ao blog CDU por OURÉM.

sábado, 15 de agosto de 2009

Vim da festa, pá! Com a dúvida, pá, se é este Portugal que se vai tornar num imenso Zambujal ou se se é este Zambujal que se vai tornar num pequenino Portugal!

Para amenizar

O "incidente" com a citação de uma frase minha no espaço de propaganda eleitoral de Vitor Frazão foi resolvido. E com limpeza, há que dizê-lo, e com isso me congratulo, no termo de uma troca de mails, que levou a que fosse retirada de onde, no meu entendimento, não poderia estar sem beliscar fortemente regras mínimas de bom relacionamento político-partidário.

Nem de propósito...

Tinha-me passado despercebido! Lera algumas páginas do Notícias de Ourém em diagonal, e a reportagem do "lançamento" do Complexo Escolar de Ourém ainda mais em diagonal a lera. Foi uma nota do Sérgio Faria em o castelo que me fez voltar à leitura de tal reportagem, e de nela reler o que a nota transcrevia. O estatuto que David Catarino a si se atribui, de "presidente da Câmara, não em exercício", coroa um mandato que se prolonga para além do admissível eticamente.
Fique-se, pois, sabendo o que se sabia, e que foi, em mais de uma circunstância, lembrado como situação absolutamente insustentável para o "presidente da Câmara em exercício", Vitor Frazão, que só o era - e é, ao que parece até 11 de Outubro - por suspensão de mandato do "presidente da Câmara não em exercício".
Na sua "informalidade", a intervenção de David Catarino, além de vir confirmar o que, ao ser relevado, provocou reacções de "assobio para o lado", deve ser registada como dos "factos políticos" mais tristes de que tenho tido conhecimento, nestes últimos dias. Bem recheados, diga-se em abono da verdade.

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

No dia 14 de Agosto de 1956 morreu Bertold Brecht

Morreu em 1956? Não me digam... Então isto não foi escrito aqui há dias?!

O Analfabeto Político

O pior analfabeto é o analfabeto político.
Ele não ouve, não fala,
nem participa dos acontecimentos políticos.
Ele não sabe que o custo de vida,
o preço do feijão, do peixe, da farinha, da renda de casa,

dos sapatos e dos remédios
dependem das decisões políticas.
O analfabeto político é tão burro
que se orgulha e enche o peito de ar
dizendo que odeia a política.
Não sabe, o idiota,
que da sua ignorância política
nasce a prostituta, o menor abandonado,
e o pior de todos os bandidos
que é o político vigarista, aldrabão,

o corrupto e lacaio dos exploradores do povo.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

A formiga no carreiro

Ao ler, em a minuciosaformiga.blogspot.com, esta
Depois de se tornar insuportável a figura de Sócrates que me fez ganhar distância do PS, depois de ver os dois grandes partidos ficarem cada vez mais iguais nos princípios e nos processos, depois de ser desafiado pelo Sérgio Ribeiro para colaborar nas autárquicas... aceitei concorrer à Câmara Municipal de Ourém como independente nas listas da CDU.
Mantenho a admiração que antes tinha pelas qualidades dos outros candidatos, particularmente do Vítor Frazão e do Paulo Fonseca (não conheço o candidato do CDS-PP), mas não sigo pelo caminho deles.
Sei que o povo do concelho de Ourém não costuma manifestar grande apoio à CDU, mas tenho esperança que o meu contributo possa ser ocasião para reavaliar algum preconceito. Se mais alguns perderem o medo e a democracia ficar um bocadinho mais colorida, isso já é justificação suficiente para o meu empenho.
(Publicada por João Filipe Oliveira)
apeteceu-me fazer muitos comentários de satisfação, ou até de alegria... mas só me deu para ir ouvir o Zeca e a sua a formiga no carreiro. Quem sabe se não se tornará num hino à nossa campanha, de que serei o septagenário (o que jã não me dá grande alegria, mas pronto).


terça-feira, 11 de agosto de 2009

Informação nº 1 da Coordenadora da CDU-Ourém

Depois da declaração em que foi anunciada a candidatura de Sérgio Ribeiro como primeiro da lista da CDU para a Assembleia Municipal de Ourém, a Coordenadora da CDU-Ourém, na sua informação nº 1, comunicou que no processo de formação das listas para as Eleições Autárquicas, já foi decidido:




• o primeiro da lista à Câmara Municipal
João Filipe Oliveira, professor no agrupamento de Escolas de Freixianda

.
• o primeiro da lista à Assembleia de Freguesia de Nossa Senhora da Piedade
Luís Neves, professor no Agrupamento de Escolas Ourém

.
• o segundo da lista à Assembleia Municipal
Margarida Poeta, funcionária política

domingo, 9 de agosto de 2009

Para ficar claro

Em comentário ao "post" anterior, Joana Figueiredo veio alertar-me para
«... quanto ao ponto 3. da sua análise, sobre a evolução das finanças do município, que diz ser também da responsabilidade do PS por não se ter oposto ao PSD, quer no executivo quer na Assembleia Municipal, convido-o a consultar as actas desses órgãos, também disponíveis online, onde poderá constatar que o que afirma a este propósito não corresponde à realidade.»
De imediato lhe respondi, agradecendo e dizendo-lhe que iria consultar as actas que refere. Assim fiz, embora não exaustivamente.
Ora, que afirmei eu? Não exactamente o que Joana Figueiredi diz mas que «... o PS em muito do que mais a influenciou (à situação financeira do município) não se opôs ao PSD, quer no executivo, quer na Assembleia Municipal...» e não vejo, após esta rápida "revisão da matéria" nas actas, que o que afirmei não corresponda à realidade.
Tal como me ficou na memória, em muito do que mais influenciou a situação financeira do município o PS não se opôs ao PSD. Embora a minha referência não se limite à votação dos documentos base da gestão (orçamento e conta), nem aí essa posição não foi de tão clara oposição que me leve a corrigir o que afirmei (com 10 membros na AM, neste mandato, os membros do PS, em 7 votações, numa apenas tiveram 5 abstenções, e nas outras as votações contra foram sempre entre 5 e 7 votos da bancada do PS). É verdade que, nos debates, há afirmações claras de oposição, em nome do PS local, mas a maior parte das vezes no que considero num estéril e pouco desportivo "ping-pong", em que, do lado de quem falava em nome do PS, em muito do que mais influenciou a situação financeira do município, em vez de se opôr à gestão local, mais parecia estar em defesa da "honra de sua dama", de posições do poder central, não raro caindo (a meu evidentemente falível juízo) numa "ratoeira" em que David Catarino foi useiro e vezeiro que era a de, de forma provocatória, justificar problemas locais de gestão com actuações (ou ausências de actuação) do poder central.
De qualquer modo, reitero o agradecimento a Joana Figueiredo e não tenho qualquer dificuldade em sublinhar que não afirmei, nem afirmo, que o PS nunca se teria oposto ao PSD, e que não o tenha feito de forma que (a meu juízo...) por vezes foi oportuna e pertinente, quer no executivo, quer na AM. Mas não deixo de considerar que o PS tem responsabilidades em decisões que contribuiram para a situação financeira do município, umas vezes por apoio a posições (a meu juízo...) muito negativas, outras por omissão.

sábado, 8 de agosto de 2009

Não se trata de competência ou incompetência mas de política

Ninguém poderá acusar Sérgio Faria de pouca seriedade, de falta de rigor, de escassa fundamentação, de ausência de competência. Nesta pré-campanha autárquica, por artigos que publicou no castelo, outros ataques teve, em chusma de comentários, mas nenhum conseguiu beliscar esses seus reconhecidos atributos.
O "post" que acaba de publicar, em o.castelo.vai.nu, traz menos texto do que é habitual mas um gráfico muito interessante:

Na verdade, no Município de Ourém, "Entre 2000 e 2008, a dívida a terceiros mais do que triplicou (a dívida a terceiros de prazo curto, essa, quase octuplicou). No mesmo intervalo, a despesa mais do que duplicou. A receita é que nem tanto. Desde 2002 que a receita é claramente inferior à despesa. No acumulado de 2004 a 2008, a despesa foi superior à receita em 50 milhões de euros. Ou seja, em média, em cada um dos cinco anos últimos o município dispendeu mais 10 milhões de euros do que arrecadou. De 2004 a 2007 a dívida a terceiros foi superior à receita. Em 2008 uma e outra foram praticamente iguais (embora seja de referir que nesse exercício o município teve uma receita extraordinária de aproximadamente 5 milhões de euros, resultante da alienação de terrenos relativos aos complexos desportivos de Ourém e de Fátima à empresa MaisOurém)."

No entanto, se considero dever ser este um tema a privilegiar na campanha eleitoral, há três observações que quero deixar:

1. A competência ou incompetência de uma gestão não se avalia exclusivamente por números como estes, porque importaria juntar ao serviço do que e como se endividou a Câmara (o que, a meu ver, é revelador de incompetência, mas de outras coisas mais, que todos os números), que dificuldades exógenas teve essa gestão (como poder autárquico num contexto centralizador e, em parte, de maioria absoluta de côr adversa), como neste período o endividamento geral foi crescente, antecipando a "crise" em que estamos;

2. Não podem estes números e gráficos servir de argumento que leve a recuperar a estranha ligeireza de afirmações do Dr. Silva Lopes que, bem ao contrário de Sérgio Faria, não tiveram qualquer seriedade, rigor, fundamentação... competência;

3. Se Sérgio Faria queria, deste vizo, entrar na contenda em que duas forças políticas abusadamente se degladiam como se só elas existissem (é verdade que só elas têm os meios...), os atributos que lhe são reconhecidos, e que me prezo de bem conhecer, deveriam tê-lo levado a lembrar que para essa evolução das finanças do município, que ele trata e retrata, contribuiram essas duas forças uma vez que o PS em muito do que mais a influenciou não se opôs ao PSD, quer no executivo, quer na Assembleia Municipal de que SF é tão atento observador e comentador, e, já agora..., lembrar também que houve uma força política, eleita na coligação CDU, que sempre esteve contra as opções político-partidárias e suas estratégias que provocaram esta situação, e que (quase) sempre votou contra.

4 (ad-hoc, ou talvez extemporânea e desnecessária). Esta minha posição seria tomada em qualquer altura, estivéssemos próximos ou longe de 11 de Outubro e, na campanha em que já estamos mergulhados (por vezes em banho de lama que não partilharei), serve para dizer que nela estarei, de corpo inteiro, sem atacar ninguém pessoalmente, exclusivamente ao serviço do que julgo melhor para os meus vizinhos e que se traduz na candidatura CDU de que sou o primeiro da lista para a Assembleia Municipal.

domingo, 2 de agosto de 2009

Citação de Sérgio Ribeiro em Vitor Frazão - Ourém - 2

Mensagem enviada hoje por e-mail:
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Dr. Vitor Frazão,
Dou-lhe o benefício da dúvida de desconhecer a situação. Na azáfama eleitoral, que acumula com as responsabilidades de Presidente da Câmara de Ourém, compreendo que esteja a alheio a situações como a que me trazem a si. Compreendo… mas não posso aceitar!
Na secção “citações” do seu “site” de propaganda eleitoral reproduz-se parte de uma frase minha em que dou uma opinião sobre o que avalio como postura do PS em relação a um caso concreto. É inaceitável, em termos de ética. Já o seria se eu não fosse candidato de uma outra lista, mas, sendo-o como é consabido, considero lamentável que, em material de propaganda do PSD, se transforme em ataque a uma lista do PS parte truncada do que eu, que sou candidato da CDU, disse.
Chamei a atenção para o facto, por e-mail, esperando que tal fosse corrigido, com a eliminação da “citação” justificada com base na minha reacção.
Verifico, quase uma semana passada, que tal não foi feito e passo a considerar a manutenção como “citação” da minha truncada frase um abuso. Para que lhe chamo a atenção e que denuncio.
O modo como o PS e o PSD locais fazem a campanha eleitoral, com os meios que mobilizam, merece toda a minha discordância mas isso nunca me fará entrar por procedimentos que condeno. Como este que explicito e que me leva a vir solicitar-lhe intervenção. Que fique claro que não autorizei, nem autorizo, quem quer que seja usar partes de frases minhas para atacar outros. Quem o fez e persiste está a praticar um abuso de confiança.
A consideração pessoal do
Sérgio Ribeiro

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Citação de Sérgio Ribeiro em Vitor Frazão - Ourém

Numa passagem pela "página" de propaganda eleitoral do PSD para as autárquicas 2009, deparei com a reprodução de uma frase minha, como citação, retirada de uma entrevista de duas páginas que dei a O Mirante.
É evidente que quem dá entrevista se sujeita a ver usado o que diz de formas diversas, mas há critérios de ética que, quando não respeitados, configuram abusos.
A frase citada foi retirada de um contexto e, o que é bem pior, tem a intenção de ser arma de luta política contra uma terceira candidatura servindo-se de frase de um candidato de uma terceira candidatura que é aquela em que, como é conhecido, eu participo. É incorrecto, é um abuso. Que nunca cometi, nem cometerei!
As minhas opiniões e críticas ao PS ou ao PSD serei eu a fazê-las, não me servirei de bengalas, e ainda menos cometendo distorções de intenções. Exemplifico: se o PSD, ou alguém por ele, disser que o PS e a CDU serão incapazes de gerir (bem, ao serviço das populações) um município como o de Ourém, nunca iria citar essa opinião dizendo que o PSD disse que o PS é incapaz de gerir (bem, ao serviço das populações) o município de Ourém, e servir.me dessa frase truncada para a propaganda eleitoral da minha lista.
Em reacção a tal situação escrevi um mail aos responsáveis da página e, e em última instância, ao seu cabeça de lista, para que, com base nesse mail, justifiquem a retirada de tal citação do seu material de propaganda.
Espero que o façam!

terça-feira, 21 de julho de 2009

A CDU-Ourém e as eleições autárquicas

Declaração lida, ontem, na reunião com a comunicação social no Centro de Trabalho do PCP, em Ourém:



DECLARAÇÃO


A Coligação Democrática Unitária, coligação do Partido Comunista Português, do Partido Ecologista os Verdes, da associação Intervenção Democrática e de independentes, entende ser este o momento oportuno de vir afirmar a sua intenção de, de novo, concorrer às eleições autárquicas no concelho de Ourém, como o faz em todo o País.
Não obstante as dificuldades de toda a ordem – políticas, financeiras, burocrático-administrativas –, a CDU-Ourém apresenta-se a estas eleições coerente com a sua vontade de mudança nas políticas prosseguidas, quer nacional quer localmente, contra um poder central centralizador, contra uma política autárquica enquistada e clientelista.
Se desde 1976, o poder local em Ourém tem sido dominado, primeiro pelo CDS e PSD, depois só pelo PSD, a partir de certa altura com a oposição verbalista do PS malbaratando, em mandatos consecutivos, 0 facto de dispor de 3 vereadores numa vereação de 7, a CDU, e as coligações que a antecederam, nunca deixaram de procurar, com a força que os votos lhe deram, de denunciar e de intervir.
A presença de eleitos pela CDU na Assembleia Municipal, nos mandatos que os votos possibilitaram – e assim aconteceu em 5 mandatos, primeiro quando eram 35 os eleitos, depois quando passaram a ser 21 –, foi sempre uma afirmação de capacidade de denúncia, de mobilização, de esclarecimento, da participação democrática.
As actuais eleições realizam-se num quadro de inevitável mudança. E mudança é palavra usada (e abusada) com vários significados. A CDU não entra em discussões semânticas. Esta é uma questão política. E de políticas.

Há que mudar! É evidente. E é sentido pela população. Como até o é pelo partido que tem polarizado a gestão autárquica, que atinge níveis de insuportabilidade. As alterações verificadas no final do último desastroso mandato, e as divisões no seio partidário, reflectem-no.
Neste momento, também em Ourém a CDU entende indispensável a afirmação de que, face à bipolarização alternante que, como a nível nacional, se está instalando, prosseguindo as mesmas políticas, há alternativas. Há alternativas políticas porque há projectos e políticas alternativas. Também a nível autárquico. E, significativamente, vê algumas das que defende há décadas, enunciadas, apontadas mas, depois, não prosseguidas e não integrando outros programas. Porque a única motivação visível (e de que maneira, e com que dispêndio de meios!) é a de alcançar o poder. Como se ele fosse tudo, quando nada é se não for para algo ao serviço das populações.
Com as enormes dificuldades que confronta, com os escassíssimos meios de que dispõe, sendo desleal e escandaloso o que já se tornou notório na pré-campanha, a CDU vai concorrer onde lhe for possível.

Com a prioridade de manter e tentar reforçar a posição na Assembleia Municipal, que poderá, em determinados cenários, vir a ter grande importância na vida autárquica do concelho de Ourém. Por isso e para isso, a CDU vem apresentar, como cabeça de lista à Assembleia Municipal, Sérgio Ribeiro, e fazer desta candidatura o seu primeiro e principal objectivo.
A preparação de outras candidaturas a outros órgãos está em curso e a seu tempo serão anunciadas.

Ourém, 20 de Julho de 2009

quinta-feira, 16 de julho de 2009

terça-feira, 14 de julho de 2009

O Museu Municipal - 1ª visita

Fui logo que me foi possível. E gostei. Senti-me bem. Na "minha terra".
Uma 1ª visita. Um pouco apressada... mas muito bem acompanhada. Os dois jovens foram extraordinários. De profissionalismo e de entusiasmo. Aquele dos amadores que amam a profissão, que era o único amadorismo que o Mário Castrim admitia.
Uma 1ª visita. Que deu para ver e para comover.
O "nosso querido" Artur de Oliveira Santos, "o meu tipo inesquecível"! E a mágoa por o Henrique não ter visto aquilo por que tanto lutou e que tanto merecia ver. E ver como a memória do pai está ali honrada, não conspurcada como em tantas circunstâncias e lugares o foi.

Uma 1ª visita. Obrigado aos obreiros desta "pedra branca" no nosso concelho, tão carente delas.
E parabéns, também, pela 1ª exposição temporária. Pelo dia fora "em homenagem aos trabalhadores rurais - os que o foram e os que vão teimando"! Não podia começar melhor.

Breve voltarei! Para ver, com tempo, os registos audiovisuais.

sexta-feira, 10 de julho de 2009

O Museu Municipal

Entretanto, do que li, fiquei retido na inauguração do Museu Municipal.

Considero um facto importante para a vida do concelho. Corresponde a um velho projecto que incluiria um itinerário turístico religioso-cultural e de que comecei a ouvir falar em minha casa quando era menino e moço.
Mas... Mas tenho, como sempre tive, receios bem fundamentados na falta de verdade histórica sobre que se construiu Fátima.

Por agora, adiante.
Por agora, saudo, com muito respeito, quem trabalhou (tanto e bem) para que o núcleo museológico exista. Vou visitá-lo logo logo que possa. Com a quase certeza de que, pelo conheço do projecto, vou gostar.

Duas observações ( e só duas são, por agora):

1. Considero um facto da maior relevância política a ausência do presidente da Região de Turismo, considerando-a absolutamente inaceitável. Se eu, que não tenho qualquer obrigação além da cidadã, me sinto com má consciência por me ter sido impossível estar presente na inauguração, como - se a tivesse... - não deveria estar o dito presidente!
2. A recuperação da designação de "cidade velha" não me parece muito feliz, mas leio-a e ouço-a com a tolerância de quem se habitou a ouvir chamar "Vila Velha" (ou só Vila) aos Castelos.


Aterrei!

Aterrei. Ou seja, desci à terra. E na minha terra estou, depois de viagens que me levaram longe. Em quilómetros e em tempo (as diferenças horárias compensaram-se aritméticamente que não biologicamente...),
Desci à terra. Como tantas vezes tenho feito. Mas - parece-me, hoje - que nunca estive tão longe. Não chegou a um mês, com uma passagem de dois dias de passagem a meio, e está a custar-me a aterrar. E quase "aterrado" estou.
Talvez por ter saído logo depois de deixar o Juventude Ouriense (e bem entregue!), por ter falhado a inauguração dos Paços do Concelho, as Festas da Cidade, a inauguração do Museu Municipal, a reunião da Assembleia Municipal. Também este recrudescer de campanha eleitoral.
Será, talvez, sobretudo isso: este recru...descer de campanha eleitoral. Leio os jornais que, entretanto, sairam - e foram poucos, afinal - e fico... incomodado.
Claro que vou entrar nesta liça. Com muito cuidado para não me misturar com o que é a política ao mais baixo nível, mas vou entrar e estou, sinto-o, atrasado. E sem meios. A não ser os de sempre. Os da militância e de estar sempre presente e sempre a participar no viver colectivo.
Os oureenses sabem - os que sabem...- que se quiserem podem contar comigo. Comigo. Sendo como sou. Acreditando no que acredito. Sem ambições ou intenções de poleiro ou de carreira. Como sempre foi a minha vida. E será.

domingo, 14 de junho de 2009

As eleições para o Parlamento Europeu,

Desde o final de Abril que aqui não venho. A este canto.
Contraditoriamente, por aqui, por esta terra que é minha tenho andado. E por aqui nuca deixei de tentar intervir.
Por razões de militância, percorri muitos outros lugares e participei em actividades absorventes ligadas às eleições para o Parlamento Europeu. Mas nunca deixei de aqui estar e por aqui me preocupar. Embora não neste canto.
Vejo, agora, comentários largos - e bem fundamentados - aos resultados eleitorais "cá do burgo". Já os tinha analisado e, agora, li em diagonal o que outros fizeram.
E só quero deixar, para já, uma brevíssima nota pessoal.
No distrito de Santarém, a que o nosso concelho pertence, apenas dois concelhos tiveram quebra de votos na CDU relativamente a eleições homólogas de 2004, o de Coruche (-0,5%) e o de Ourém (-10,9%), no contexto de resultados significativamente positivos, + 22,9% nacionais e + 21,2% distritais.
A descida no concelho de Ourém dever-se-á a em 2004 ter havido "um candidato da terra" em 2º lugar na lista da CDU, e este ano ele não ter integrado, a lista.
Em contrapartida, apesar dos números muito diminutos não deixo de relevar, até por outras evoluções, o facto de, relativamente às legislativas de 2005, no distrito de Santarém ter sido Ourém o concelho que mais subiu a votação, com 44,1% de acréscimo, e só mais 6 dos 21 concelhos ter tido essa evolução positiva.
Voltarei

terça-feira, 28 de abril de 2009

Uma cidade provisoriamente viva

O dia 26 de Abril foi um dia estranho na cidade de Ourém. Mostrando o que poderia ser viver "em cidade".
Na Praça Mousinho de Albuquerque a FESTAMBO, um encontro de coros, uma orquestra jovem, de futuro, um ambiente de convívio e cultura. Soube tão bem ver e ouvir...
Lá em baixo, à volta do Centro de Negócios, uma prova de karting, promovida pela secção do Juventude Ouriense, mobilizando dezenas de voluntários para um trabalho excepcional, muita assistência e muitos pass(e)antes apesar da desabalada ventania.
Uma tarde com muita gente nas ruas da cidade. Fora das grandes (e cobertas) superfícies do consumismo.
Não seria possível tornar o provisório, o quase insólito, em frequente?