sexta-feira, 14 de novembro de 2008

De estatuto em estatuto...

A Câmara Municipal precisa da autorização da Assembleia Municipal para aderir a estatutos. Em duas sessões seguidas, essa autorização foi pedida.
Na última, de 6 de Novembro, de uns estatutos "esquisitos" para o "pólo de turismo" (ver anterior "post") e que, decerto, terão de ser alterados antes da Câmara poder usar a autorização que, evidentemente, lhe foi concedida com o meu voto contra.
Na sessão anterior, de 26 de Setembro, foi o caso dos estatutos da Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo, autorização que foi dada por unanimidade, depois de eu ter levantado dúvidas e reservas, e do Presidente da Câmara ter "respondido afirmativamente" (está na acta) à pergunta concreta se o compromisso de alterações a esses mesmos estatutos no sentido anunciado pelo Presidente da Câmra teria sido tomado por todos os membros da CIMT. Afinal... esses estatutos vão ter de voltar às assembleias municipais porque já terão de ser alterados, ainda antes da entrada do município de Ourém. Uma "trapalhada"!

O "Polo" e a marca

Ligeiramente irritado.
Para a sessão da Assembleia Municipal de 6 de Novembro, um ponto da ordem de trabalhos era a autorização para que o município aderisse aos estatutos do "Pólo de Turismo Leiria-Fátima".
Preparei uma intervenção que "rezava" assim:

«É difícil encontrar situação mais confusa que esta. Bem ao nível da expressão "trapalhadas" que se tornou corrente na política portuguesa. "À portuguesa".
Depois de, na última sessão, termos aprovado o pedido de autorização para aderir à Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo, de acordo com estatutos com a ressalva de que iriam ser alterados pelo conselho executivo ainda não eleito, e no quadro de uma lei muito controversa, hoje é a adesão do Município à Entidade de Turismo do Pólo Leiria-Fátima.
Quem quiser votar com um mínimo de conhecimento do que está a fazer em representação de quem o elegeu, o povo de Ourém, tem de ficar perturbado.
Os estatutos existem, como anexo à Portaria 1152/2008, de 13 de Outubro. Mas que valem eles?
O art. 1º define os municípios que abrange tal pólo. Mas no mesmo dia da portaria o município de Alcobaça pede ao Governo para o retirar de tal Pólo e no 3 de Novembro é o Município da Nazaré que o faz, com argumentos formalizados e pertinentes, de pertença a Associação de Municípios e NUTIII Oeste, e talvez outros não explicitados.
O que é evidente uma alteração substancial na configuração do Pólo.
Depois é nio mínimo estranha a redacção do art. 13º dos estatutos, particularmente os pontos 1. e 2.. Como é que uma assembleia geral, com a composição definida no art. 6º e a competência da alínea c) do art. 10º pode aceitar tal condicionalismo. Que nem por ser tão oureense pode deixar de merecer todas as reservas a esta assembleia.
Pelo meu lado, tudo isto é muito confuso e não posso aceitar. Bem sei que pouco vale. Mas valha o que valer não pactuo com manobras e arranjos destes.»
Já na sala, acrescentei, pelo meio, um parágrafo, manuscrito, que depois li:
«Se tudo isto não estivesse a ser feito, aparentemente, em cima do joelho, e ao sabor do objectivos e interesses pessoais, seria o momento de encarar a alternativa de ligar Fátima a Ourém e a Tomar, no que respeita a estratégia de turismo, no quadro da "região" em que Ourém se integra».
Surpreende-me o Notícias de Ourém com o relato da sessão, em que apenas aproveita, da minha intervenção, o acrescento ignorando a parte fundamental, que é a saída do concelho da Nazaré, e escrevendo-se que para mim foram deixadas (por quem?) as tomadas de posição, através de declarações de voto (!?), sendo certo que também fiz uma em que re-sublinhei a importância da saída da Nazaré do "pólo", o que necessariamente altera a sua importãncia e linha estratégica.
Tenho ou não razão para estar irritado?

domingo, 2 de novembro de 2008

Dia do bolinho

Acabo de fazer uma espécie de "zapping" blogueiro e tive de me deter no miradouro do castelo, claro. Na "viagem" habitual, fiquei triste pela total ausência de referèncias, entre os "nossos blogs", ao dia do bolinho. Em contrapartida, lá vinha o "dia das bruxas", e uma reportagem do Tetro Apollo ao modo como o festejaram (bem gostaria de lá ter estado, com aqueles amigos) .

Ontem, ainda estive aqui por casa uma parte da manhã a receber a miudagem (ou já nem tanto) e a viver o modo como essa nossa tradição. É das coisas mais bonmitas que preservamos!. Mas não me foi possível fotografar e fazer um "post", pelo que fui agora ao arquivo e... comovi-me com os de 2007 e 2005!

No de 2005 está uma foto com caras que ontem revi, com mais dois anos e acompanhados por outras que se "estreavam", com a alegria e o espanto pela novidade; no de 2007, está um texto do Pedro Gonçalves, que fizera como comentário ao post de 2005, e que aqui reproduzo com a mesma satisfação de então:

As bruxas ficam nos livros e de lá não as tiro.
Às abóboras junto broa e carne grelhada.
O resto... enfio no bolso e saio a assobiar com o saco ao ombro
e o passo apressado.
O bolinho não espera
.

(2/11/05)

Estranho...

Estranha crónica de estranho cronista sobre estranha terra de estranhas gentes.
Ler, em o castelo, se faz favor!. Vale a pena!