quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Postais - 3 (e algo mais...)

Estava nesta "saga" dos postais e apareceu-me este:

Observei-o de soslaio, vi o frontão, ou brazão, de que ainda me lembro e que, ao que parece, se sabe onde está e à espera das... obras, lembrei-me do Xico Santo Amaro, e resolvi passar adiante porque não sou masoquista.

Entretanto, vejo o último boletim ou revista da Câmara Municipal, em que a Capela aparece como fazendo parte do património oureense (e bem!), e deu-me uma enorme zanga. Ganas de qualquer coisa.

Mas, como sou "pacífico", acalmei. No entanto, não gosto que gozem com a malta e não calo humilhações. Entre 1997 e 2001, ano a ano, uma verba foi incluída no orçamento camarário, e por elas bem me bati, e nada foi feito; deu-se aquela compra, em 2005, por 1 euro (ou ainda foi por um escudo?) de que se fez propaganda, e nada foi feito, a não ser estender uns arames ali à volta.

É, realmente, demais. O património que são ruínas é para deixar cair?

Fui fazer uma pequena busca no "velho" blog somdatinta e pode ver-se (não postos estes "posts" por mim!) em aqui e em aqui e em aqui alguma coisa que já destas ruínas se falou.

Postais - 2

Do mesmo amigo (do Joaquim Manuel Espada), recebi outros postais, que tenho "em carteira" e irei publicando

terça-feira, 26 de agosto de 2008

Postais - 1

Em Outubro de 2005, recebi um mail com este texto e esta foto:

Amigo Sérgio,
O meu filho trouxe de Ourém uns papeis e umas fotografias que temos estado a analisar. Encontrámos um postal, da P. Dr. Agostinho Albano de Almeida, tirada em 1959. Este postal "correu mundo". Foi dos postais mais vendidos. Os Oureenses tinham orgulho na sua Praça.

sábado, 23 de agosto de 2008

O Juventude Ouriense nas actas da Câmara Municipal

1. - Na acta de 12 de Maio passado (fl. 32):
"Em face do parecer do Director do Departamento de Educação, Cultura e Acção Social supra transcrito e porque finalmente foi apresentada a documentação oficial, até agora necessária para análise definitiva do processo, a Câmara deliberou, por unanimidade, transferir para o Juventude Ouriense a verba de 16.000,00 euros."
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Isto foi em 12 de Maio de 2008. A documentação oficial finalmente apresentada é aquilo a que chamo (à minha exclusiva responsabilidade) um eufemismo, um embuste ou uma justificação para o atraso em contas cuja primeira verba é de Fevereiro de 2007 (!) e a última de Abril de 2008.
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2. - Na acta de 4 de Agosto corrente (fl. 8):
"A Câmara deliberou por unanimidade:
PRIMEIRO - rectificar a deliberação de 12 de Maio de 2008 e transferir para o clube Juventude Ouriense a verba de 16.520, 00 euros, conforme proposto na informação supra-transcrita (da Secção de Contabilidade).
SEGUNDO - Incumbir o Director do Departamento de Educação, Cultura e Acção Social de, com carácter de urgência, apresentar proposta de normas de funcionamento dos equipamentos culturais e desportivos, em colaboração com a entidade gestora, a Verourém- gestão de equipamentos sociais e desportivos".
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Queria terminar... sem comentários. Mas não resisto a dois muito breves: estamos a 23 de Agosto e a J.O. só tem conhecimento destas deliberações por via da publicação das actas no site da C.M.O. e aguarda a sua concretização (desde 12 de Maio), e seria curial que as entidades utilizadoras dos equipamentos sociais e desportivos - algumas com estatuto de utilidade pública - fossem ouvidas relativamente ao ponto segundo da deliberação mas isso seria contra toda a dinâmica de funcionamento da C.M.O.

Ourém e a construção civil

O Presidente da Câmara de Ourém, no termo do seu 3º mandato ( o que não faz 20 anos à frente da autarquia...), numa curta entrevista ao Jornal de Leiria em que reafirma a sua disposição de não se recandidatar, e de que acredita poder ser útil através de outras formas de participação civica ou institucional (para qual se estará a propor?...) fez uma afirmação que importa registar:

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"O concelho está muito dependente da construção civil."

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Ah! sim? E de quem a maior responsabilidade (para não dizer a quase exclusiva responsabilidade), pois D.C. como Presidente da Câmara, cumpriu os seus mandatos de uma forma indiscutivelmente personalizada, sempre tratando os vereadores como seus "colaboradores" pessoais?

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Colectividades e associativismo

Perpassa uma enorme ventania pelo meio das colectividades oureenses. Nada estimula a participação, o associativismo.
E, para a autarquia, parece que tudo se pode resolver com PPP (isto é, parcerias público-privado, ou melhor, parcerias privado-público).
Não! O associativismo é necessário, indispensável, urgente. A todos os níveis.

Adenda a "jornais centenários"... a pedido

22 mil "réis" e mais uns trocos!

terça-feira, 19 de agosto de 2008

"Jornais Centenários (1908 - 2008)"

Sobre jornais centenários, não perder artigo de António Baptista, no Ourém e o seu Concelho de 15 de Agosto de 2008 - "Jornais Centenários (1908 - 2008)".

"Universidade sénior"

Este episódio é verdadeiramente (diriam os bem-falantes) paradigmático.
Então D. Catarino 1º não esteve no arranque da iniciativa?, não participou numa reunião?, então, depois, M. Catarino 2º não esteve em todas as mais de 10 reuniões que se realizaram e nas decisões que foram tomadas?
Que comunicado da Câmara Municipal (!) é aquele que, em tom indignado, vem afirmar que "não pode pactuar e ver-se indevidamente envolvida em iniciativas individuais que não decorram de uma decisão colectiva"?
Dividindo palavras, frases e orações:
"pactuar" - ver significado dicionário noutro post
"indevidamente envolvida" - indevidamente? tendo estado envolvidos o presidente da Câmara e o funcionário mais qualificado do departamento respectivo?
"iniciativas individuais" - mas que outra coisa tem feito a Câmara, neste consulado, que não seja pactuar e envolver-se em iniciativas individuais, de dentro para fora e de fora para dentro?
"decisão colectiva" - que "corpo estranho" é este na terminologia destes senhores?, estarão a "passar-se"?...
Por detrás deste insólito comunicado não estarão pactos e envolvimentos indevidos com outras iniciativas individuais, na ausência de qualquer decisão colectiva?

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Pactuar?

Fui ver ao dicionário:

Pactuar, v.f. e i. Fazer pacto. Transigir.
Pacto, s.m. Ajuste, convenção. Acordo.

Noutro post, direi porquê!

Confissão e penitência

Eu sei. Eu sei. E começo por saber que, na nossa terminologia, esta coisa de confissão e penitência não tem lugar. Nós somos mais para auto-crítica (ah! são tão necessários uns exercícios diários) e correcção de erros. No entanto, persisto nesta expressão, decerto por influência das vizinhanças, talvez por insuficiente auto-crítica...
Eu sei. Eu sei que a luta de cada um de nós, por mais internacionalista que seja, deve ter por base, sempre, o local. O local onde. Onde vivemos, onde trabalhamos. E conheço, todos conhecemos, casos de quem, por não se sentir capaz de ver resultados para a luta onde a sua luta se localizava, procurou (e procura) esses resultados que não se vêem fora, e de fora para dentro, e aparentemente de cima para baixo.
Reflicto sobre isto, em jeito de confissão, porque em determinado momento, comecei a sentir-me cansado desta luta por aqui, por onde vivo, onde tenho as raízes (e noutro lado as poderia ter replantado, e aí seria o meu local de luta mas nunca o quis…).
Melhor dizendo: farto, sem paciência. Confesso. Tudo isto é tão rasteiro, tão feito de truques e tricas, que cansei. Com gente tão mazinha (alguma mesmo má) – democraticamente eleita! – a segurar as rédeas do mando e a tudo - mas tudo! - querer controlar, e uma quantidade de outra gente tratando da sua vidinha, ou manipulável, ou amorfa, ou preconceituosa até ao desespero, que alguma coisa se quebrou, cá por dentro, que tive de fazer uma pausa. Mesmo que só para efeitos internos, de saúde mental.
Mas não pode ser!
É aqui! Aqui onde nem sequer nasci, mas onde nasceu meu pai (nesta casa) e onde sempre aportei e onde me fixei.
Claro que nunca deixei de ir às reuniões da concelhia da distrital do meu partido, que participo na Assembleia Municipal onde estou eleito, que não falto aos compromissos associativos com que me comprometi (e bem difíceis e dificultados têm sido), que acompanho o que se passa… mas estava a fazê-lo sem gosto, quase como frete. E a luta, partidária e cidadã, não é frete, não pode ser sacrifício. Luta é razão de ser e alegria. Por isso, aqui estou, cerrados os dentes e fincadas as unhas na palma das mãos. E com um largo sorriso na cara e para a vida e a luta porque... um homem sorri à morte - com meia cara, como escreveu o José Rodrigues Miguéis.

Por aqui, Por Ourém

Retoma-se um antigo contacto. Por razões que se irão explicando (se disso for capaz).
Retoma-se o que foram "blogs" que acompanharam períodos eleitorais, e que pouco viveram para além deles.
As intenções são sempre as de manter vivo aquilo que se iniciou, mas acontece com frequência não se ser capaz de levar os projectos até onde as intenções o queriam. Por múltiplas causas, até a de tantos serem os projectos e melhores as intenções que as forças próprias e as ajudas (ou desajudas) alheias.
Se os caminhos se fazem ao caminhar, para que se possam vir a fazer é preciso tentear os primeiros passos. E procurar seguir em frente.
Por aqui iremos procurar continuar o que por outros tempos e por outros locais temos intentado.
Por Ourém.