sexta-feira, 30 de outubro de 2009

No dia de hoje - pensamentos

Fazer da actividade política

  • uma carreira pessoal
  • uma profissão igual a qualquer outra
  • um entretenimento ou uma modalidade desportiva
  • a adopção cega de uma cor, de um símbolo
  • um jogo de palavras
  • um exercício de demagogia
  • um espectáculo em palco de vaidades
  • um combate a dois (ou mais) num rinque
  • uma luta numa arena
  • um modo de se servir
  • um estar ao serviço dos poderosos

é perverter uma das mais belas actividades humanas, porque é a de estar ao serviço da organização da sociedade e do con-viver. Com os outros.

anónimo do século xxi

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Ping-pong virtual? Não gosto, nem quero!

Em tempos, gostava de jogar ping-pong. Nunca fui grande jogador, mas ainda assim ajudei a ganhar uns troféuzitos para a Casa de Ourém, com os saudosos Manuel Soares e Mariano Pedro. E lembrei-me, agora mesmo, que a despedida do "sr. José", o José Caetano de Sousa, do Alqueidão, que está lá para o Brasil e recentemente nos fez uma visita de saudade, foi no Jardim Cinema e com uma partida de ping-pong.
(Ah!, como esta memória está fresca... não é para me gabar!)
Mas não gosto, não gosto mesmo nada, de jogar pinng-pong sem mesa, sem bola, sem raquetes, aparentemente sem competidor, embora haja quem esteja sempre a querer "bolar" comigo em àpartes ou entre parenteses.
Por outro lado, também não quero que digam que enfio carapuças, mas há uma coisa que posso garantir e quero afirmar bem clarinho:
é que não tenho qualquer responsabilidade na eventual dopagem do Nuno Ribeiro, o putativo vencedor da Volta a Portugal em bicicleta, ciclista que, apesar de ter o meu apelido, não é da minha família. Se for preciso, vou ao notário para que se comprove a veracidade da minha assinatura.

domingo, 25 de outubro de 2009

Vale a pena!


A exposição de fotos da Guiné-Bissau, de Pedro Gonçalves, na Galeria Municipal de Ourém, vale a pena ser visitada. Pela segunda vez já fui, e lá voltarei, levando amigos se tiver oportunidade.

É verdade que o Pedro não tem jeito nem vocação (defeito ou qualidade?) para ser "relações públicas de si próprio"... mas há que ver o que o seu olhar trouxe da primeira visita que fizeram (a Mónica e ele) a África. É um olhar curioso, interessado, comprometido, cúmplice.

Não deixem de ver!

sábado, 24 de outubro de 2009

Vale a pena ouvir!

Por razões muito fortes - entre outras a de ter ido a Leiria, à Livraria Arquivo, dizer umas palavras sobre o escritor Luandino Vieira, o que muito me gratificou -, não ouvi a conversa entre José Poças e Sérgio Faria na ABC. Mas ouvi um extracto no espaço on-line do Ourém e o seu Concelho e, finalmente, ouvi dizer coisas, com todas as quais não concordo, muito sérias, interessantes, úteis (em dois "posts" seguidos utilizo estes adjectivos...).
Vou pedir ao Rui Melo para ouvir o debate na íntegra.
Tem todo o significado a escassa importância que parece ter sido dada a esta conversa. Oxalá me engane, e haja mais quem esteja a ouvi-lo como "trabalho para casa".

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Muito interessante

... e útil, esta informação de Sérgio Faria aqui.

sábado, 17 de outubro de 2009

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

2ª feira, 12 de Outubro

Dizer que aconteceu o esperado é estultícia. Aconteceu um dos cenários mais previsíveis, diria mesmo o mais previsível face às campanhas, ao ambiente criado.
Na verdade, Ourém mudou. Politicamente. Mas a mudança mais importante, ou que mais importante pode ser é, no plano institucional, a votação ter trocado de maioria no executivo mantendo a maioria na Assembleia Municipal. O que era uma situação de dominância absoluta unicolor numa paleta que se pretendia bicolor passou a comportar cambiantes que podem ser curiosas. Democraticamente. Como eleito que fui, por ser cabeça de lista da CDU à AM, reafirmo o que sempre afirmei: a disponibilidade para discutir estratégias e políticas, seja com quem for, desde que respeitem o que defendo, e me respeitem. É a única condição.
É certo que é um mau princípio o de apenas se respeitar o que defendemos e o que somos quando e se de nós precisam - e não será, ainda, o caso, embora, longinquamente, o possa vir a ser -, mas é a oportunidade, como todas o são, de reafirmar que esse mau princípio nunca inibirá a disponibilidade para discutir estratégias e políticas. Sempre com a intenção de contribuir para o que, a nosso juizo, é melhor para um viver melhor dos oureenses.

sábado, 10 de outubro de 2009

Aqui...sempre em tempo, apesar de passar da meia-noite!

Às 23.59 de 09.10.2009, em o castelo vai nu, SF, o habitual comentador político das coisas oureenses, o vizinho melhor preparado que ninguém para o fazer, pela sua formação, sentido de observação, acompanhamento próximo de tudo o que se passa no funcionamento das instituições (releve-se a presença e notas sobre as reuniões da AM) botou post. Talvez à laia de fecho de campanha. Publicado no minuto que antecede o fecho da oportunidade de alguém ripostar, sob pena de lhe cair em cima o anátema de estar a "fazer campanha" depois das 00.00 de 10.10. Em que já estamos. O que não me incomoda, porque já não estou em campanha para as autárquicas, estando sempre em campanha.

Não gostei da "habilidade" ou "esperteza". SF poderia ter escrito o que escreveu há um ano, há um mês, há uma semana. Escreveu-o às 23.59 de 09.10.2009! Como quem diz a última palavra. Não aceito. Nunca aceitei que me dissessem a última palavra, nunca a quis dizer, e procuro sempre fazer o primeiro gesto. Por isso, não achei... bonito.

Com a sua reconhecida capacidade e inteligência, SF vem decretar que, de cinco hipóteses que, pretensamente, esgotariam as alternativas do eleitor perante a urna "apenas uma garante mudança política por via eleitoral". No pressuposto, insistentemente inoculado por uma campanha para tal orientada, que há uma candidatura da "situação" e que há candidaturas de "mudança".

Uma candidatura de "situação" porquê? Porque é do Partido que, como também insistentemente se veio instilando como consensual, está há 30 anos no poder autárquico local. E essa candidatura foi bastante frouxa nos esforços para mostrar o que queria mostrar: que sendo do mesmo Partido há tanto tempo maioritário, era, também uma candidatura que queria "mudança".

Candidaturas de "mudança" porquê? Porque candidaturas de outros partido que não o que tem estado há 30 anos no poder, desvalorizando-se até ao irrisório que alguns desses partidos, de uma ou de outra forma, com pequeno ou muito pequeno grau, também têm responsabilidades na "situação" de que se distanciam como sendo a ela completamente alheios; porque de mudança de personagens a interpretar políticas que até podem vir a ser iguais ou idènticas uma vez que não se discutiu políticas e, até porque, aos vários níveis do poder político em que têm alternado, difícil é encontrar diferenças entre as políticas de alguns desses partido. Isto é, mudanças que poderiam ser de caras e ilusórias.

Trata-se de ilusionismo e de funambolismo políticos, com ares de objectividade e neutralidade. Ainda com insistência na postura insustentável de que "não se tomou partido".

Apenas contraponho um outro exercício

Cenários pós-eleições:

1) Na Câmara - 4PSD-3PS, logo tudo aparentemente na mesma, mas dependendo de
.....1.1) distribuição ou não de pelouros pela "oposição"
.....1.2) composição da Assembleia Municipal
2) Na Câmara - 4PS-3PSD, logo, efectiva mudança na composição do elenco, com troca de maioria absoluta, e mudança efectiva desde que
.....2.1) a nova maioria correspondam novas políticas e diferente funcionamento do executivo
.....2.2) composição da Assembleia Municipal
3) Na Câmara - 3PSD (ou 3PS)-3PS (ou 3PSD)-1CDS-PP, logo, efectiva mudança na composição do elenco camarário, com mudança efectiva no funcionamento, por inexistência de maioria absoluta e natural tendência para um deslizar das políticas e do funcionamento para as posições do CDS-PP
.....3.1) a situação condicionada, ainda, pela composição da Assembleia Municipal
4) Na Câmara - 3PSD (ou 3PS)-3PSD (ou 3PS)-1CDU, logo, efectiva mudança na composição do elenco camarário, com mudança efectiva no funcionamento, por inexistência de maioria absoluta e natural tendância para um deslizar das políticas e do funcionamento para as posições da CDU.
.....4.1) situação condicionada, ainda, pela composição da Assembleia Municipal
5), 6), 7),..., vários cenários a partir da composição do elenco camarário, todos eles a cruzar e a articular com vários cenários na composição da Assembleia Municipal, de que deixo, apenas , um exemplo a que não se pode negar viabilidade.
2) Na Câmara 4PS-3PSD e ... (o acima escrito, em resumo: maioria absoluta do PS)
.....2.1.) Na AM, por via também dos presidentes de junta, maioria do PSD, ou com voto decisivo para a criação de maiorias do CDS-PP e/ou da CDU.

E por aqui me fico, pois apenas quero ilustrar a perspectiva claramente redutora de SF, que não pode esconder uma opção pessoal por debaixo da capa de uma pretensa objectividade. E que, com toda a evidência, afunila e condiciona o voto na perspectiva do "voto útil" (que nem o é, mesmo na redutora análise!), que desvaloriza a democracia e em nada credibiliza a política, fomentando todos os "jogos de clientelas".




sábado, 3 de outubro de 2009

Juventude Ouriense

Hoje, às 18 horas, 1º jogo oficial da época 2009-2010, contra o Vasco da Gama, de Sines.
Bom começo!

Que presente no desporto oureense?

Cometi a imprudência de, antes de me deitar, ler o NO, e em particular as duas páginas dedicadas ao futuro do desporto para Ourém. Não resisto a um breve comentário, roubando tempo ao escasso tempo para dormir.
Não faço este comentário como candidato da CDU porque o prof. João Filipe respondeu ao questionário, em nome da coligação por que somos candidatos, e concordo inteiramente com as suas respostas. Faço-o a título estritamente pessoal. E só assim o faria, como sempre se pautou a minha intervenção cidadã enquanto fui presidente da direcção do Juventude Ouriense, sempre "separando as águas".
Ler o que os candidatos do PSD e do PS dizem faz-me sentir num mundo de ficção, para não dizer de mentira. Durante quatro anos fui presidente do JO, já tendo sido antes do Conselho Fiscal, a que voltei, com a satisfação de ter deixado a direcção muito bem entregue. Nesses quatro anos, tive a grande alegria de, com os praticantes e os meus companheiros de direcção, termos conseguido alguns feitos notáveis, quer na formação quer na competição, com notoriedade particular para duas épocas na 1ª Divisão Nacional de hóquei em patins (mas outros feitos, na patinagem, na natação, no futsal, nas camadas de formação de nenhum modo desmerecem essa inesquecível e digna presença oureenseno mais alto escalão do desporto nacional)
Mas a experiência foi muito dura. Da parte da Câmara-PSD, por vezes senti, mais que falta de apoio, hostilidade personificada no Presidente da Câmara, David Catarino, da parte do Governador Civil-PS houve, primeiro, o acabar com um subsídio que o clube recebia do anterior Governador Civil, e o adiantar de promessas que nunca se cumpriram, foi, depois, a falta de resposta a ofícios e convites, a aparente ignorância da existência da colectividade. Com a agravante do candidato do PS, que era o Governador Civil, vir agora atacar a Câmara, servindo-se do Juventude Ouriense como exemplo de falta de apoio desta ao desporto oureense. Não qualifico a postura.
Pior ainda foi, entre os dois mandatos, uma clara e lamentável tentativa de partidarizar a direcção da colectividade, o que então se evitou, tendo-se criado as condições para a solução de sucessão encontrada, em que o JO continua a ser, como foi durante os dois mandatos em que estive à frente da direcção, absolutamente despartidarizado.
E é quase chocante confrontar essa experiência, essas vivências, com afirmações para o futuro como se o passado e o presente não tivessem existido e com aqueles protagonistas. O candidato à sucessão na Câmara ignorando o que foi o calvário do JO face ao executivo que integrava (não obstante esforços baldados que fez para não fosse pior ainda), o candidato "à mudança" fazendo-se esquecido do seu comportamento relativamente ao JO enquanto Governador Civil (apesar de justas as referências feitas como exemplares).
Haja comedimento!
Resta esperar, quanto ao futuro, e desse deveriam ter falado sem deturpar ou apagar o passado, que estar a direcção do JO liberta de quem poderia ter sido o causador da animosidade incontestável pas forças que representam, como candidatos, participem em executivos que tenham outro comportamento.
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a tempo: antecipo, para encerrar e não "dar corda" ao que eventualmente possa aí vir, que o requentado argumento-acusação de que "sou queixinhas" não me inibe, porque o que faço é não me calar quando tenho o facto, a realidade, a darem-me força para denunciar o que entendo dever fazer, esteja eu implicado ou não.