domingo, 25 de setembro de 2011

Com tristeza e sem afecto

Neste domingo, em conversa com amigos no Vale da Perra, foi falado do que está a acontecer ao antigo edifício da Escola  que ali houve até recentemente. Do seu aproveitamento para actividades interessantes, sobre que vale a pena conversar. E estimular. E divulgar.
Ao fundo, a moldura, belíssima, dos Castelos a encimarem as Silveiras. Quase um encantamento.
De repente, uma grande tristeza tudo enevoou.
Porque me lembrei do meu pai. Que me levava a conhecer as duas pequenas propriedades que tinhamos nas Silveiras, uma sendo vinha, que atravessava todas as manhã para ir à escola dos Castelos, nos primeiros anos do século vinte, e contava, como quem ensina, como foi bom ter passado a poder ir às escolas que abriram no Vale da Perra e na Atouguia, mostrando também a sua alegria e orgulho por ter contribuído para a Escola Primária (primeiro só posto escolar) no Zambujal.












Escola do Zambujal em 2004
(estão menos de 19?, feche-se!)

Um tristeza. Funda, impotente. Não por me lembrar do meu pai, tantas vezes lembrança que me alegra, mas por ver destruirem-se sinais de progresso, de valorização do chamado "interior", a  destruição de um futuro humanizado em nome de um progresso que é estatistificação de tudo, no fundo a redução de tudo a cálculo monetário e negócio.
Como o ilustra essa notícia absurda de que o serviço público dos correios deixou de se prestar num edifício público na sede da freguesia ("os correios agora são na loja da Paula"!!!), parendo-me ter recuado décadas!  

sábado, 17 de setembro de 2011

Para isto (entre outras coisas) se elegem deputados,

representantes, no parlamento, de quem vota (e se abstém ou não idade para votar)!
Ex.ma Sr.ª Presidente da Assembleia da República
O concelho de Ourém confronta-se com graves problemas de acesso a cuidados de saúde, que foram recentemente expostos ao Ministro da Saúde por iniciativa do Presidente da Câmara Municipal.
Trata-se do segundo maior concelho do distrito de Santarém, que não dispõe de qualquer unidade hospitalar e que é visitado anualmente por cinco milhões de pessoas que acorrem ao Santuário de Fátima.
Para colmatar a falta de médicos de família, que afectava cerca de 14.000 utentes, o Ministério da Saúde recorreu à contratação de empresas privadas, garantindo a prestação 476 horas semanais de cuidados de saúde diversos, incluindo médicos de clínica geral, consultas de especialidade, higiene oral, enfermagem, psicologia, assistência técnica e serviço social.
Porém, o Governo decidiu eliminar 60 % dessas contratações no último trimestre de 2011 e anunciou que o corte seria de 100 % no início de 2012.
A concretização destas perspectivas teria efeitos dramáticos para a população e para os visitantes do concelho de Ourém, que não só não dispõe de hospital, como não possúi viaturas equipadas para a prestação de cuidados de saúde de há muito reivindicadas pela Câmara Municipal.
Nestes termos, ao abrigo das disposições constitucionais e regimentais aplicáveis, pergunto ao Ministério da Saúde que resposta vai ser dada à exposição enviada pelo Presidente da Câmara Municipal de Ourém ao Ministro da Saúde e que soluções vão ser adoptadas para garantir aos cidadãos e aos visitantes do concelho de Ourém a prestação dos cuidados de saúde a que têm direito.
Palácio de São Bento, sexta-feira, 16 de Setembro de 2011
Deputado(a)s
ANTÓNIO FILIPE(PCP)
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Nos termos do Despacho nº 2/XII, de 1 de Julho de 2011, da Presidente da Assembleia da República, publicado no DAR, II S-E, nº 2, de 6 de Julho de 2011, a competência para dar seguimento aos requerimentos e perguntas dos Deputados, ao abrigo do artigo 4.º do RAR, está delegada nos Vice-Presidentes da Assembleia da República.

Um mistério na Festa




Um mistério na Festa...
e na capa do avante!