"Leria" assim, cotejando com as eleições de há 5 anos:
os eleitores, não só em Ourém mas estes "números oureenses" ajudam esta "leitura" com base nesta "arrumação", exprimiram o seu protesto (ou mais do que isso, e até alguma desorientação), o seu cada vez maior desinteresse e desconhecimento dos mecanismos democráticos:
- com os votos em branco - mais 304,5% do que em 2006 - , a que se podem juntar muitos dos votos nulos - mais 129,2%;
- abstendo-se - acréscimo de 73,2%, embora este número também reflicta um anormal acréscimo de eleitorado - +14,0% -, ainda que a diminuição do número de votantes seja significativo - -13,1%;
- com o voto em Fernando Nobre e em José Coelho, com números muito elevados - 2309 e 573, respectivamente -, sem cujas candidaturas, "leio" que muitos dos eleitores que neles votaram se teriam abstido, votado em branco ou nulo e, talvez, alguns em Francisco Lopes;
- apesar dos números muito baixos, foi signifificativo o acréscimo de 90 votos na candidatura apoiada pelo PCP-PEV-ID, representando +23,6% relativamente a 2006;
- em contrapartida, as quedas das candidaturas apoiadas pelos partidos PSD-CDS e PS-BE não podem deixar de ter significado político relevante.
Claro que aceito - e me congratularia com -
todas as reservas e oposições a esta "leitura"
das eleições em Ourém,
que também fiz nacional e distritalmente
3 comentários:
Sim, também há outras leituras possíveis. Basta apagar os nomes de dar designações genéricas:
Candidato do PSD-CDS
Candidato do PS
Candidato Independente do Centro
Candidato do PCP-PEV
Candidato de protesto
Candidato "out-sider"
Dá uma interpretação um pouco diferente.
Fernando Nobre é o Manuel Alegre de 2006; Manuel Alegre é agora o Mário Soares de 2006... Coelho é eventualmente o Louçã; Moura é talvez o Garcia Pereira...
João Filipe Oliveira - Claro que há outras "leituras"... e estão aí algumas boas pistas. Mas também te digo que reivindico para o "meu candidato" o qualificativo de "protesto"!
Um abraço
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