A qualidade de vida em Boleiros começa a ser insuportável para os seus habitantes. Pelo menos para alguns, até porque parte das causas dessa ausência progressiva de qualidade de vida ou não é visível (mas respira-se!) ou não se ouve em horas em que os que trabalham fora da povoação estão nas sua tarefas (embora ainda haja quem procure trabalhar e viver durante o dia em Boleiros).
A população manifestou-se, talvez timidamente e talvez sem a força de uma unidade e convicção unânime que dá... força. Mas com suficiente vigor para o caso (diriamos escândalo) se conhecer e vir à comunicação social. Não fomos os primeiros, nem disso nos reivindicamos, mas queremos dar o nosso contributo, e servir de veículo para outros. Porque as pedreiras dentro de Boleiros merecem atenção e divulgação. Em nome de quem lá (ainda) vive.
Perante esssa reacção da população, e as suas posições junto das autarquias (Junta e Munícípio), a Câmara Municipal veio... esclarecer, por si em comunicado e, em entrevista, pelo seu membro responsável e habilitado.
Ficou publicamente confirmado que as câmaras têm limites para as suas competências, que reuniu a 25 de Janeiro com quem terá mais e outras competências, e que alterou o trânsito no povoado. Parece-nos bem pouco, mesmo para as escassas competências...
Como parece que há quem também ache pouco, talvez tenham - a Câmara e a Junta - que se arrogar mais e melhores e mais expeditas competências e colocar, por exemplo, a questão dos licenciamentos que não existem ou estão em derrogação.
Insistimos: tudo depende da disposição dos habitantes. Ou reforçam as suas posições ou desistem, o que pode traduzir-se em mais casas vazias e infraestruturas abandonadas e mais espaço que era de habitar e viver para exploração de pedreiras. Em resumo, numa povoação em vias de extinção.
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