segunda-feira, 21 de maio de 2012

Pedreiras dentro de Boleiros - Inaceitável!

Já aqui nos referimos a esta situação. Inaceitável!
Fizemo-lo depois de  visitarmos, como membro da Assembleia Municipal, e, portanto, eleito do povo do concelho com o dever de representar a população e a aldeia (que, aliás, nos é muito simpática...), e de nos informarmos. Assim, soubemos de idas à Junta de Freguesia (de Fátima), de abaixo-assinados, de chamadas de atenção para situações mais gritantes, que levaram, por exemplo a colocar placas de proibição de trânsito de veículos pesados e a pôr pequenos postes para protecção de habitações e locais de trabalho mais expostos.
Aconselhámos a ida à Assembleia Municipal por ser o lugar onde os munícipes têm de ser ouvidos, por ser um orgão público com, obrigatoriamente, um tempo na ordem de trabalhos para ouvir o público. Informámos da situação o Grupo Parlamentar do nosso Partido, que, pelo deputado eleito no distrito, usou a figura regimental da pergunta ao Governo para fundamentar uma intervenção (espera resposta...) 
Fizemos, na AMunicipal, uma intervenção que pode ser lida em http://ouremcdu.blogspot.pt/2012/05/am-de-30042012-declaracao-politica.html, numa declaração política em que abundámos sobre o tema.
A presidente da AMunicipal, no dia seguinte à reunião - 1 de Maio -, visitou a povoação e falou com alguns habitantes.
A comunicação social (O Mirante, por exemplo... embora não referindo as posições tomadas pelos grupos políticos) algum eco do que se passa em Boleiros, há blogs (como o aventar) a pegar - e bem - no assunto.




Foi tomada uma posição consensual, em reunião de líderes da AMunicipal a 2de Maio, a enviar aos GP da Assembleia da República. 
Assim, parecem ir-se esgotando as vias democráticas de tomada de posição.
E é inaceitável que o sentimento seja o de nada mais ser possível fazer para que prevaleça o bem estar de uma população sobre interesses privados e mercantis, legítimos mas que nunca podem ser absolutos e privilegiar sobre a saúde e a tranquilidade das pessoas. É inaceitável a resignação e o encolher de ombros enquanto uma povoação é, verdadeiramente, esburacada e onde está a tornar-se impossível viver com um mínimo de qualidade e segurança.
Mas há pior. Consegue haver pior. Até as escassas protecções que foram conseguidas, de certo modo reconhecendo que alguma coisa tinha de ser feita, revelam-se inúteis. Ou por não cumpridas, ou por retiradas.
E isto é mais que inaceitável.
Que não se cumpram os sinais de trânsito é... caso de polícia! Mas que, no dia seguinte à Assembleia Municipal, a Junta de Freguesia - que esteve presente na sessão - mande retirar os postes de protecção que ela própria colocara em locais mais expostos, sem qualquer justificação e quase como acto clandestino, tem todo o ar de represália - repete-se e sublinha-se: repressália - e justifica dúvidas e suspeitas de interesses inconfessáveis em jogo.
Não moramos em Boleiros, estamos, no entanto, solidários com os que não desistem. Nós, com eles, não desistiremos.

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