Local agradável, o Café-Restaurante Avenida era o "centro" de Vila Nova de Ourém. Não que rivalizasse em centralidade com o Café Central, o de antes, de então, e de sempre, mas era assim uma espécie de consagração da(s) Avenida(s) Nova(s). Que, quando desapareceu, nos fez mesmo falta!
Espaço elegante, como dizia o Notícias de Ourém, lá se juntava a chamada "elite", mas uma "elite" progressista. O Café Avenida terá, por exemplo, contribuído alguma coisa para vencer o preconceito da presença de mulheres em lugares públicos. Então era assim. Por alguns lugares, ainda é...
Mas as senhoras, esposas dos proprietários, ajudaram muito com a sua sempre simpática presença, a trabalhar, atrás do balcão, ou na cozinha (que belos bifes comi na cozinha que hoje recordo enorme!... e vejo uma menina a fazer os trabalhos de casa...), ou a tomar chá com amigas.
Nesta foto, estão a D. Maria Amélia (um grande beijo) e a D. Quinita com a D. Maria Eugénia (que saudades), com o Aguinaldo ao balcão, o Fernando à espera de clientes, e mais um colaborador que não identifico (mas não era trabalho infantil...).
E havia uma esplanada... Como se verá.
1 comentário:
Conheci este café quando era miúdo (10/12 anos) e ia lá com o meu cunhado (já há muito falecido, mas creio que por muitos lembrado) o (Dr.) José Alberto Leitão, licenciado em Farmácia, tal como seu pai, que foi o herdeiro,proprietário da Farmácia Leitão, numa das praças principais de Vila Nova de Ourém.
Há uns meses largos passei por Ourém (falo da Vila, acho que agora cidade) fiquei muito desiludido. O progresso, em termos urbanísticos é um total caos. E não havia razões para tal, dad a topografia do terreno e a estrutura biofísica. O desrespeito pelos valores ambientais é fatídico para o desenvolvimento harmonioso de qualquer aglomerado urbano.
Não faço ideia quanto custa ao Município as acções que lhe estão cometidas, e falo apenas na conservação e limpeza. Mas deve ser muito muito caro.
Var-lhe-ão os contibutos que Fátima paga ? Se calhar sim, mas Fátima/Cova da Iria, tornou-se noutra desgraça urbanística. Só não se apercebe disso quem não a conheceu antes. A Cova da Iria teve um primeiro plano de urbanização muito be, gizado. Claro está que depois dos adventos papais, o aglomerado iria inevitavelmente crescer e depressa. Foi o que se deu. Mas a administração municipal, com a cumplicidade , diga-se. da CCDR (CCRde Lisboa), em vez de antecipar esse crescimento com uma boa revisão do primitivo plano (leia-se ante-plano), deixou construir de qualquer maneira, tornado um lugar que até era agradável (não pela arquitectura retrógrada da basílica, que até Salazar condenou, tal como Duarte Pacheco), mas pela estrutura viária e seus arruamentos subsidiários, pelo casario rural que coexistia bem com as moradias, algumase de traça excepcional. Muito havia a dizer.
Parabéns ao Dr. Sérgio Ribeiro , quem devo uma das melhores aulas de economia para não economistas, professadas num curso realizado nos idos 1978, no antigo Instituto de Economia, para um curso de pós graduação so Economia Regional e Urbana, dirigido pelo Prof. Simões Lopes com a colaboração do Prof. Engenheiro e Urbanista Costa Lobo.
Termino por aqui. Pois foi por mero acaso que encontrei este blogue relativo à Freguesia da Atouguia, que também conheço muito bem - pena não recuperarem a capela, hoje que há tantos fundos que podem ser utilizados para esse fim...
Para béns Dr. Sérgio Ribeiro, extensivos à sua equipa.
Paulo Barral (arqto.)(Évora)
arq.pbarral@gmail.com
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