segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Um comunicados e os comentários que provocou

A concelhia de Ourém do PCP distribuiu um documento de saudação aos oureenses, que aqui publiquei. Também o.castelo.vai.nu fez, na linha do serviço que, há já algum tempo, vem meritoriamente prestando, o fez. Nele surgiram comentários, um citando o meu nome, a que respondi com o comentário que, aqui, reproduzo:
A concelhia de Ourém do PCP distribuiu um documento de saudação aos oureenses.
Como se trata de estrutura de organização política, teceu, inevitavelmente, duas ou três considerações políticas, na linha do que são as suas posições. A sua publicação em o castelo provocou comentários. Alguns verdadeiramente espantosos.
Se o que disse José Neves me dispensa de vir dizer algumas coisas que julgo primárias, acrescento, de minha lavra e responsabilidade:
  1. O documento é propaganda eleitoral? Que documento de uma estrutura de um partido que concorre a eleições não o é? Aqueles enormes out-sides do PS, com mensagens que, a meu critério, senso e gosto, são verdadeiramente insuportáveis (e que enormidade de euros custaram?), não são propaganda eleitoral?
  2. 2009 não é um ano de 3-eleições-3, frentes de luta em que o PCP vai intervir por sua decisão? Então, ao saudar os oureenses no começo do ano, o PCP nada diria sobre o ano político?
  3. E se há coisas para dizer!... O pouco que se disse, na intenção do documento, foi dito na linha de resoluções de um Congresso e de Conferências (como a sobre questões sociais e económicas que realizou em Novembro de 2007), e de acordo com a ideologia que é a sua e para que apenas se exige respeito e não preconceito e caricatura.
  4. Apareceu o PCP em Ourém por ir haver eleições? Só quem não quiser ver é que desconhece a permanente presença nas ruas da cidade de mensagens do PCP, colocadas em locais próprios pelos seus militantes (não por bem pagos profissionais do marketing) e, por vezes, retiradas de forma que, por ser ilegal e ilegítima, obriga a reposição.
  5. Essas mensagens, e a sua colocação regular e permanente por militantes do PCP de Ourém (e não por mim, que já não tenho essas tarefas, por razões de idade e… artroses) prova, a quem quiser, que haveria, ó jingle, muitos doces para distribuir.
  6. Enquanto tiver influência local e nacional, a actividade política do PCP não se confinará à “redutora política eleitoralista em alternância” porque a política é, para mim, muito mais (e muito melhor) que isso.
  7. Quanto ao que defendemos como melhor vida para os portugueses, tanto social como económica, teria muito gosto em dizer, em concreto, o que penso/amos à maria mar (tenho o seu e-mail?) e pelo que luto/amos.
  8. Quanto ao Partido Ecologista-os Verdes, antónio e mareluz, é, na minha opinião, perfeitamente coexistente e até convergente com Quercus e outras associações não políticas, não é a caricatura que fazem dele, e entre o que me incomoda pela desonestidade – intelectual – é a tentativa constante de forças políticas fazerem de outras forças políticas seus meros apêndices, são as manobras de “camuflagem” e “independências” espúrias, são as sucessivas acções de ataque, desvalorização, silenciamento de quem a tal reage.
  9. Quanto às certidões de óbito que já nos passaram, ao PCP nacional e aqui, ainda não se cansaram?
  10. Termino, relendo, cara maria mar, o comunicado da concelhia e lembro-lhe que não é só no final que surgem os votos de bom ano: o comunicado começa por desejar “o melhor 2009 possível” a todos os oureenses e a quem em Ourém vive.

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