Ser de Ourém é sentir-se frequentemente fora do mapa ou fora do contexto. Desta vez foi fora do texto porque no mapa está.
Comprado o espesso semanal Expresso, lá vinha um caderno Guia de Portugal dedicado a Oeste e Vale do Tejo.
E de onde somos nós, os de Ourém?
Como zona de transição, peça do puzzle que sobrou e se coloca onde der mais jeito (a quem?), pensei: 2/3 de probabilidades de estarmos no caderno. É que umas vezes somos do Oeste, outras do Vale do Tejo, outras ainda do Centro ... 2/3 de probabilidades!
E lá estávamos no mapa.
Mas... em 27 referências relacionadas com todos os concelhos do mapa, Ourém era o único que não tinha qualquer.
Fora do contexto é o que é!
3 comentários:
Há uma certa insistência do poder político em forçar a ligação administrativa a Santarém, contrariando a natural e pragmática ligação a Leiria, com base histórica e sociológica. É por isso que nunca estamos em lado nenhum. Mas isto são opiniões, nem sempre coincidentes, já sei!
João Filipe Oliveira - Na minha opinião (não coincidente... o que nada tem de mal!), o caso não é esse. Já o escrevi dezenas de vezes: os distritos não têm razão de ser e, entre os exemplos mais gritantes disso, está Ourém. Pertence, obsoletamente, a um distrito porque há distritos... Enquanto pertence, é desse distrito é desse distrito... e não pode ser só para ter um governador civil e eleger deputados com toda a traficância partidária (dos partidos do "poder do voto") que isso implica e mais nada (veja-se a alternância que provoca o peso dos votos do 2º concelho mais populoso do distrito: Mário Albuquerque-Paulo Fonseca).
Um abraço
De acordo, de acordo. Mas com os distritos vem tudo o resto: direcções regionais disto e daquilo, centros hospitalares da confusão.
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