quarta-feira, 29 de julho de 2009

Citação de Sérgio Ribeiro em Vitor Frazão - Ourém

Numa passagem pela "página" de propaganda eleitoral do PSD para as autárquicas 2009, deparei com a reprodução de uma frase minha, como citação, retirada de uma entrevista de duas páginas que dei a O Mirante.
É evidente que quem dá entrevista se sujeita a ver usado o que diz de formas diversas, mas há critérios de ética que, quando não respeitados, configuram abusos.
A frase citada foi retirada de um contexto e, o que é bem pior, tem a intenção de ser arma de luta política contra uma terceira candidatura servindo-se de frase de um candidato de uma terceira candidatura que é aquela em que, como é conhecido, eu participo. É incorrecto, é um abuso. Que nunca cometi, nem cometerei!
As minhas opiniões e críticas ao PS ou ao PSD serei eu a fazê-las, não me servirei de bengalas, e ainda menos cometendo distorções de intenções. Exemplifico: se o PSD, ou alguém por ele, disser que o PS e a CDU serão incapazes de gerir (bem, ao serviço das populações) um município como o de Ourém, nunca iria citar essa opinião dizendo que o PSD disse que o PS é incapaz de gerir (bem, ao serviço das populações) o município de Ourém, e servir.me dessa frase truncada para a propaganda eleitoral da minha lista.
Em reacção a tal situação escrevi um mail aos responsáveis da página e, e em última instância, ao seu cabeça de lista, para que, com base nesse mail, justifiquem a retirada de tal citação do seu material de propaganda.
Espero que o façam!

terça-feira, 21 de julho de 2009

A CDU-Ourém e as eleições autárquicas

Declaração lida, ontem, na reunião com a comunicação social no Centro de Trabalho do PCP, em Ourém:



DECLARAÇÃO


A Coligação Democrática Unitária, coligação do Partido Comunista Português, do Partido Ecologista os Verdes, da associação Intervenção Democrática e de independentes, entende ser este o momento oportuno de vir afirmar a sua intenção de, de novo, concorrer às eleições autárquicas no concelho de Ourém, como o faz em todo o País.
Não obstante as dificuldades de toda a ordem – políticas, financeiras, burocrático-administrativas –, a CDU-Ourém apresenta-se a estas eleições coerente com a sua vontade de mudança nas políticas prosseguidas, quer nacional quer localmente, contra um poder central centralizador, contra uma política autárquica enquistada e clientelista.
Se desde 1976, o poder local em Ourém tem sido dominado, primeiro pelo CDS e PSD, depois só pelo PSD, a partir de certa altura com a oposição verbalista do PS malbaratando, em mandatos consecutivos, 0 facto de dispor de 3 vereadores numa vereação de 7, a CDU, e as coligações que a antecederam, nunca deixaram de procurar, com a força que os votos lhe deram, de denunciar e de intervir.
A presença de eleitos pela CDU na Assembleia Municipal, nos mandatos que os votos possibilitaram – e assim aconteceu em 5 mandatos, primeiro quando eram 35 os eleitos, depois quando passaram a ser 21 –, foi sempre uma afirmação de capacidade de denúncia, de mobilização, de esclarecimento, da participação democrática.
As actuais eleições realizam-se num quadro de inevitável mudança. E mudança é palavra usada (e abusada) com vários significados. A CDU não entra em discussões semânticas. Esta é uma questão política. E de políticas.

Há que mudar! É evidente. E é sentido pela população. Como até o é pelo partido que tem polarizado a gestão autárquica, que atinge níveis de insuportabilidade. As alterações verificadas no final do último desastroso mandato, e as divisões no seio partidário, reflectem-no.
Neste momento, também em Ourém a CDU entende indispensável a afirmação de que, face à bipolarização alternante que, como a nível nacional, se está instalando, prosseguindo as mesmas políticas, há alternativas. Há alternativas políticas porque há projectos e políticas alternativas. Também a nível autárquico. E, significativamente, vê algumas das que defende há décadas, enunciadas, apontadas mas, depois, não prosseguidas e não integrando outros programas. Porque a única motivação visível (e de que maneira, e com que dispêndio de meios!) é a de alcançar o poder. Como se ele fosse tudo, quando nada é se não for para algo ao serviço das populações.
Com as enormes dificuldades que confronta, com os escassíssimos meios de que dispõe, sendo desleal e escandaloso o que já se tornou notório na pré-campanha, a CDU vai concorrer onde lhe for possível.

Com a prioridade de manter e tentar reforçar a posição na Assembleia Municipal, que poderá, em determinados cenários, vir a ter grande importância na vida autárquica do concelho de Ourém. Por isso e para isso, a CDU vem apresentar, como cabeça de lista à Assembleia Municipal, Sérgio Ribeiro, e fazer desta candidatura o seu primeiro e principal objectivo.
A preparação de outras candidaturas a outros órgãos está em curso e a seu tempo serão anunciadas.

Ourém, 20 de Julho de 2009

quinta-feira, 16 de julho de 2009

terça-feira, 14 de julho de 2009

O Museu Municipal - 1ª visita

Fui logo que me foi possível. E gostei. Senti-me bem. Na "minha terra".
Uma 1ª visita. Um pouco apressada... mas muito bem acompanhada. Os dois jovens foram extraordinários. De profissionalismo e de entusiasmo. Aquele dos amadores que amam a profissão, que era o único amadorismo que o Mário Castrim admitia.
Uma 1ª visita. Que deu para ver e para comover.
O "nosso querido" Artur de Oliveira Santos, "o meu tipo inesquecível"! E a mágoa por o Henrique não ter visto aquilo por que tanto lutou e que tanto merecia ver. E ver como a memória do pai está ali honrada, não conspurcada como em tantas circunstâncias e lugares o foi.

Uma 1ª visita. Obrigado aos obreiros desta "pedra branca" no nosso concelho, tão carente delas.
E parabéns, também, pela 1ª exposição temporária. Pelo dia fora "em homenagem aos trabalhadores rurais - os que o foram e os que vão teimando"! Não podia começar melhor.

Breve voltarei! Para ver, com tempo, os registos audiovisuais.

sexta-feira, 10 de julho de 2009

O Museu Municipal

Entretanto, do que li, fiquei retido na inauguração do Museu Municipal.

Considero um facto importante para a vida do concelho. Corresponde a um velho projecto que incluiria um itinerário turístico religioso-cultural e de que comecei a ouvir falar em minha casa quando era menino e moço.
Mas... Mas tenho, como sempre tive, receios bem fundamentados na falta de verdade histórica sobre que se construiu Fátima.

Por agora, adiante.
Por agora, saudo, com muito respeito, quem trabalhou (tanto e bem) para que o núcleo museológico exista. Vou visitá-lo logo logo que possa. Com a quase certeza de que, pelo conheço do projecto, vou gostar.

Duas observações ( e só duas são, por agora):

1. Considero um facto da maior relevância política a ausência do presidente da Região de Turismo, considerando-a absolutamente inaceitável. Se eu, que não tenho qualquer obrigação além da cidadã, me sinto com má consciência por me ter sido impossível estar presente na inauguração, como - se a tivesse... - não deveria estar o dito presidente!
2. A recuperação da designação de "cidade velha" não me parece muito feliz, mas leio-a e ouço-a com a tolerância de quem se habitou a ouvir chamar "Vila Velha" (ou só Vila) aos Castelos.


Aterrei!

Aterrei. Ou seja, desci à terra. E na minha terra estou, depois de viagens que me levaram longe. Em quilómetros e em tempo (as diferenças horárias compensaram-se aritméticamente que não biologicamente...),
Desci à terra. Como tantas vezes tenho feito. Mas - parece-me, hoje - que nunca estive tão longe. Não chegou a um mês, com uma passagem de dois dias de passagem a meio, e está a custar-me a aterrar. E quase "aterrado" estou.
Talvez por ter saído logo depois de deixar o Juventude Ouriense (e bem entregue!), por ter falhado a inauguração dos Paços do Concelho, as Festas da Cidade, a inauguração do Museu Municipal, a reunião da Assembleia Municipal. Também este recrudescer de campanha eleitoral.
Será, talvez, sobretudo isso: este recru...descer de campanha eleitoral. Leio os jornais que, entretanto, sairam - e foram poucos, afinal - e fico... incomodado.
Claro que vou entrar nesta liça. Com muito cuidado para não me misturar com o que é a política ao mais baixo nível, mas vou entrar e estou, sinto-o, atrasado. E sem meios. A não ser os de sempre. Os da militância e de estar sempre presente e sempre a participar no viver colectivo.
Os oureenses sabem - os que sabem...- que se quiserem podem contar comigo. Comigo. Sendo como sou. Acreditando no que acredito. Sem ambições ou intenções de poleiro ou de carreira. Como sempre foi a minha vida. E será.