quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Um blog do nosso concelho - o suplemento de alma - publicou um artigo de quem se presume seja um novo colaborador, o dr. Proença de Carvalho, uma vez que não é citada a fonte... coisa que não pareceria aceitável, acaso fosse de outra origem e não original.
Nesse artigo, o distinto causídico (é assim que se diz não é?), tem este parágrafo:
«Quando Sá Carneiro foi cobardemente vilipendiado pelo jornal "Diário", do Partido Comunista, não me recordo de o Partido Socialista ou o CDS terem alinhado, por acção ou omissão, nessa campanha, nem vi alguém acusá-lo de por em causa a liberdade de imprensa quando perseguiu criminalmente nos tribunais os responsáveis pela calúnia.»
Tanto quanto me lembro - e até me acusam de ter "memória de elefante" - há ali confusão do Dr. Proença. O dr. Sá Carneiro não foi "cobardemente vilipendiado", foi sim acusado de dever à banca uma importante maquia relativa a um empréstimo pedido antes do 25 de Abril, para jogar na Bolsa, importância que, depois, com o evoluir dos acontecimentos, não se teria visto em condições de pagar. Mais, se alguém vilipendiou o dr. Sá Carneiro foi quem o atacou cobardemente, a pretexto da sua vida pessoal, que só a ele e a quem com ele estava pessoalmente relacionado respeitava. E quem o fez não foi ninguém do Partido Comunista, que considera tais procedimentos condenáveis e não alinhou nessa campanha indecente contra o dr. Sá Carneiro.
Tipo de campanhas que, aliás, continua a servir de exemplo para actuais campanhas, em que a ética e o respeito pelo que é vida pessoal de outros não são praticados, e até são aparentemente esquecidos.
Como é evidente, e dispensável deveria ser dizê-lo, este comentário nada tem de pessoal e é estritamente político. E apenas se coloca para registo.

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