Almoçava com uns amigos. Com menos mais de 40 anos que eu. Falávamos de... Ourém. E, às tantas, com toda a naturalidade, contei nem me lembro o quê que acontecera no Café Avenida. "Onde?", perguntaram eles em coro, "... houve cá na terra um Café Avenida?". Fiquei escandalizado.
E tiveram de me ouvir! Fui-me descandalizando. Para eles, para os meus amigos, ali, naquele canto em frente aos Correios, sempre foi a Marina... onde, se calhar, o D. Nuno Álvares Pereira se teria abastecido - na avenida com o seu nome - de borrachas para apagar os espanhóis em Aljubarrota, e teria comprado o Jornal de Negócios para saber como estavam as cotações na Bolsa.
E lembrar-me eu que ali, enquanto se construia o edifício dos Correios, cheguei a jogar futeboladas numa arenoso descampado...
Adiante. Não fiquei satisfeito. Não posso consentir que os meus amigos desconheçam que houve, em Ourém - perdão, em Vila Nova de Ourém - uma "instituição" chamada Café-restaurante Avenida. Não posso!
Vou publicar uma série de fotografias... históricas, e com legenda.
Esta é a primeira, publicada no Notícias de Ourém em Maio de 1953, depois da inauguração do café em 1 de Abril de 1953, como anúncio antes e relato, embora sem fotografia.
1 comentário:
Também sou daqueles para o qual aquele canto foi sempre a 'Marina', mas conhecia de histórias e estórias sobre o 'Avenida', tendo até um familiar que lá trabalhou. Gostei de ver o recorte e com certeza que gostarei de ver as restantes fotografias.
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