Em comentário ao "post" anterior, Joana Figueiredo veio alertar-me para
«... quanto ao ponto 3. da sua análise, sobre a evolução das finanças do município, que diz ser também da responsabilidade do PS por não se ter oposto ao PSD, quer no executivo quer na Assembleia Municipal, convido-o a consultar as actas desses órgãos, também disponíveis online, onde poderá constatar que o que afirma a este propósito não corresponde à realidade.»
De imediato lhe respondi, agradecendo e dizendo-lhe que iria consultar as actas que refere. Assim fiz, embora não exaustivamente.
Ora, que afirmei eu? Não exactamente o que Joana Figueiredi diz mas que «... o PS em muito do que mais a influenciou (à situação financeira do município) não se opôs ao PSD, quer no executivo, quer na Assembleia Municipal...» e não vejo, após esta rápida "revisão da matéria" nas actas, que o que afirmei não corresponda à realidade.
Tal como me ficou na memória, em muito do que mais influenciou a situação financeira do município o PS não se opôs ao PSD. Embora a minha referência não se limite à votação dos documentos base da gestão (orçamento e conta), nem aí essa posição não foi de tão clara oposição que me leve a corrigir o que afirmei (com 10 membros na AM, neste mandato, os membros do PS, em 7 votações, numa apenas tiveram 5 abstenções, e nas outras as votações contra foram sempre entre 5 e 7 votos da bancada do PS). É verdade que, nos debates, há afirmações claras de oposição, em nome do PS local, mas a maior parte das vezes no que considero num estéril e pouco desportivo "ping-pong", em que, do lado de quem falava em nome do PS, em muito do que mais influenciou a situação financeira do município, em vez de se opôr à gestão local, mais parecia estar em defesa da "honra de sua dama", de posições do poder central, não raro caindo (a meu evidentemente falível juízo) numa "ratoeira" em que David Catarino foi useiro e vezeiro que era a de, de forma provocatória, justificar problemas locais de gestão com actuações (ou ausências de actuação) do poder central.
De qualquer modo, reitero o agradecimento a Joana Figueiredo e não tenho qualquer dificuldade em sublinhar que não afirmei, nem afirmo, que o PS nunca se teria oposto ao PSD, e que não o tenha feito de forma que (a meu juízo...) por vezes foi oportuna e pertinente, quer no executivo, quer na AM. Mas não deixo de considerar que o PS tem responsabilidades em decisões que contribuiram para a situação financeira do município, umas vezes por apoio a posições (a meu juízo...) muito negativas, outras por omissão.
2 comentários:
Caro Sérgio Ribeiro,
Agradeço a sua resposta, que li com atenção, mas reitero o que antes afirmei.
O Sérgio Ribeiro diz que o PS contribuiu para a situação financeira do município e muito mais do que a influenciou não se opôs... A este propósito, e no que respeita aos documentos base da gestão (orçamento e conta), faz tanto sentido o exercício (fácil e pouco rigoroso) de contabilização de votos que aqui apresentou como forma de sustentar a sua posição (sugiro que, caso o não tenha feito, leia também as declarações de voto do PS nas situações que refere), como faz sentido eu dizer que o PCP contribuiu para e muito mais do que influenciou a situação financeira do município, já que, na votação em AM dos documentos previsionais para o ano económico de 2007 (acta n.º 5/2006) e na votação em AM do relatório de gestão e prestação de contas do município referentes ao ano económico de 2007 (acta n.º 3/2008), não consta que o PCP tenha votado contra ou se tenha, sequer, abstido. Como faz também sentido eu afirmar que o PCP contribuiu para e muito mais do que influenciou a situação financeira do município, por, em AM, ter votado favoravelmente outras matérias.
No que o Sérgio Ribeiro refere sobre as tomadas de posição do PS no executivo (e que admito que não conheça), convido-o, uma vez mais, a consultar as actas desse órgão.
Estou completamente de acordo que se imputem ao PS (ou a quem quer que seja) responsabilidades que são suas. Rejeito de forma veemente que se imputem ao PS (ou a quem quer que seja) responsabilidades que não são suas, independentemente das razões que motivam tal exercício.
Um abraço.
Joana Figueiredo
Cara Joana Figueiredo,
Sem protocolos ou delicadezas que, por excessivas, possaam parecer hipócritas, obrigado pelo comentário.
Tentei ser mais
claro e mais claro vou tentar ser. O que eu escrevi foi que: «em muito do que mais influenciou a situação financeira do município o PS não se opôs ao PSD» e fi-lo com a reserva "do que me ficou na memória".
A Joana "obrigou-me" a uma rápida "revisão da matéria", que confessei não exaustiva e que não pretendi que fosse um exercício de contabilização e muito menos apresentar-se como rigoroso.
Quanto às actas que refere em que não se assinala a votação do PCP, as actas também devem (ou deveriam)ter anotado que o membro dessa bancada não estava presente na sala por ter saído antes da votação.
Mas não desejo entrar em "contabilizações" ou aprofundar exercícios numéricos ou não (até porque, como quis relevar no primeiro "post", há coisas muito mais reveladoras que os números)... a não ser que a tal a Joana me "obrigue" e fá-lo-ei com sacrifício mas, apesar disso, com gosto.
Do que me ficou na memória (que ainda não me vai traindo, julgo eu), vale o que deixei no último parágrafo deste "post" e a ideia que posições (ou ausência de) do PS me transmitiram de uma espécie de encantatória atracção por coisas como engenharias financeiras, empreendedorismos, e parcerias público-privadas, e é em linhas de acção política destas que fundamento, por minha conta e risco, não só a situação financeira do município, como o "estado da nação" tal como gerida há 33 anos, como a dita crise mundial em que estamos mergulhados.
As melhores saudações
e um abraço
Sérgio Ribeiro
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