Quando me falam em tolerância de ponto interpreto tal medida, tomada por quem pode, como querendo dizer que quem, por motivo do motivo da tolerância, optar por não trabalhar para ir fazer outra coisa está autorizado a faltar ao trabalho sem consequências nocivas, assegurando-se, precautamente, os serviços mínimos.
Não se trata de feriado, de encerramento para mudança de ramo, ou de coisa parecida.
Exemplifico. Eu, que sou ateu (graças a deus) e reformado, estaria a fazer batota se aproveitasse uma tolerância de ponto para que pudesse acompanhar os rituais da vinda do chefe de uma igreja a Portugal, e mais perto ainda dentro de Portugal, e não os fosse acompanhar, nem de longe, mas com esse pretexto faltasse às minhas obrigações profissionais. Não é assim?
Estou só a ver se percebo...
Já seria diferente se as entidades patronais, por motivos seus e não dos seus trabalhadores (agora diz-se colaboradores, não é?), resolvessem-se encerrar as portas e os serviços, e decidissem um feriado ad-hoc, até para estimular o dito acompanhamento inclusivé por gente como eu, mas em que, evidentemente, também sempre se teriam de assegurar os serviços mínimos.
Isto será só uma mania esquisita de querer dar às palavras o seu significado. Querer saber do que falo e do que me falam quando digo ou me dizem coisas.
Ou será apenas um exercício de retórica, dirão.
Sem comentários:
Enviar um comentário